Lendas de TB - SEM a fábrica da Klabin em Monte Alegre: A cidade "acabaria"???
Como Conselheiro de Cultura de TB (2023 a 2025), para a cadeira de Literatura e Folclore (Literatura nossa área de atuação), resolvemos contribuir para com o FOLCLORE, relacionando "lendas de TB". As apresentando ao longo de 2024...
AQUI a lenda apresentada para janeiro de 2024!
AQUI a lenda apresentada para fevereiro de 2024!
AQUI a lenda apresentada para março de 2024!
AQUI a lenda apresentada para abril de 2024!
Depois da lenda das Araucárias (janeiro), da do Tibagi - O rio que "corre para cima" (fevereiro), da lenda/história da Mortandade (março) e da do "Monte Triste" de João de Maria (abril), recorre-se agora, para a lenda de maio, à percepção no imaginário de alguns telemacoborbenses, principalmente dos "mais velhos", de que "sem a Klabin, a cidade acaba".
Quando jovem, morando na city, ouvia esse tipo de comentário, vindo de pessoas mais velhas (à época era mais comum) - Atualmente é mais incomum. Mas, o fato é de que moradores "das mais antigas", principalmente de Monte Alegre, alguns de "Cidade Nova", e até ainda alguns persistentes da atual TB, teciam e/ou tecem esse tipo de comentário: De que sem a Klabin, a cidade acabaria!
Particularmente não creio.
Para fins do relato aqui, recorreu-se a um recorte do trabalho de Teixeira (2021), publicado na Revista de História, em periódicos da UEM (Universidade de Maringá), em 29 de abril de 2021 (link abaixo na Referência) intitulado "À sombra da chaminé:
as conexões entre memória, esquecimento e ressentimento nas lembranças operárias de Telêmaco Borba (PR)".
Reza a lenda/relato que
Uma memória grata foi construída, principalmente entre os
velhos de Telêmaco Borba, que veem na fábrica uma espécie de autoridade a quem
devem respeito. A citação abaixo é de A.L.M. 26, homem de 76 anos, nascido na
região de Ortigueira (PR). Ele e a família se mudaram para a Fazenda Monte
Alegre quando a indústria ainda estava em construção. Apesar de nunca ter
trabalhado nos pátios e máquinas da fábrica (A.L.M. é fotógrafo), a gratidão à
Klabin fica evidente em suas colocações:
A.L.M:
Então é o que eu digo: eu acho que a gente deve tudo e mais um pouco pra
Klabin. A pessoa que mora aqui em Telêmaco Borba e tem uma propriedade aqui,
ele tem por obrigação de todo dia cedo levantar e saí correndo tudo, pode ser
mesmo se ele tiver só de cueca, ele vai correndo. Chega lá no bonde aéreo e
olha na ponta daquele chaminé: se tiver saindo fumaça, ele tem que ajoelhar e
agradecer a Deus.... Porque a hora que parar de sair fumaça, acaba a cidade.
(A.L.M., 2012).
A Declaração de 2021, publicada em Teixeira (2021), replicada neste, me parece por demais eufórica. Mas, como não se deve brincar ou subestimar as pessoas e seus imaginários, eu preciso aqui pedir encarecidamente calma pessoal, MUITA CALMA, leiam meu recadinho abaixo com calma:
_Não vão sair correndo de cuecas amanhã pela manhã até o bondinho pela amor de Dio (🙏)!
😂😂😂😂😂😅😅😅😛
Dito isto,
gostaria de deixar um convite a uma pequena reflexão:
_Sem a Klabin, vocês acham realmente que TB acabaria???
Isso é fato ou seria só uma lenda???
_Irei fazer o registro da tal chaminé (Tirar uma foto), mas, irei devidamente vestido (E não só de cueca) 😁.
Imagem meramente ilustrativa:
Acervo pessoal Foto tirada da Rua Presidente Kennedy |
REFERÊNCIA
TEIXEIRA, Juliana de Oliveira. À Sombra da Chaminé: As conexões entre memória, esquecimento e ressentimento nas lembranças operárias de Telêmaco Borba (PR). Revista de História. v. 1, n° 1 (p. 75 - 95) dez/2021. UEM - Universidade Estadual de Maringá. Maringá, Paraná. . Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/revhist29abril/article/download/60283/751375153661. Acesso em 24 mai. 2024.
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