Homem de
Pedra
Dia desses, passando pela antiga Praça
Castelo Branco (hoje Praça Horácio Klabin), aqui na minha querida cidade de
Telêmaco Borba - PR, parei por uns instantes em frente à estátua do “Homem de
Pedra”. Monumento este, erguido em homenagem aos trabalhadores da cidade. Nada
mais do que justo!
De repente, me veio à lembrança, meus
tempos de infância, me peguei a recordar de alguns momentos, de uma época em
que estudava na Escola Marechal Arthur da Costa e Silva. Em algumas
oportunidades, bastante raras, diga-se de passagem, eu e alguns coleguinhas,
gazeávamos aula, e nosso ponto preferido para passar o tempo, era a antiga
“Praça Castelo Branco”. Ali brincávamos e nos divertíamos numa inocência
muitíssima singela!
Uma saudosa nostalgia me bate e ouso
dizer: Bons tempos aqueles!
O “Homem de Pedra” já estava lá,
imponente e robusto, a praça era razoavelmente limpa, e eram bem cuidados seus
arbustos. Aquela década (de oitenta), entendo que talvez tenha sido bem
definida, pelo saudoso “maluco beleza” do rock nacional:
Hei
anos oitenta
Charrete
que perdeu o condutor
Eu
disse hei anos oitenta
Melancolia
e promessas de amor
Já de volta ao presente, e sem se fazer
ausente, a realidade me parece um pouco dura, quase tanto quanto o concreto, do
“Homem de Pedra”, que continua lá. Agora estampando algumas pichações,
convivendo com a mendigagem, e testemunhando certos “vícios” da juventude atual
(da agora Praça Horácio Klabin).
Sempre firme em seu propósito,
representando a homenagem, aos que labutam na “Capital do Papel”. Antes de
ir-me embora, prestei-lhe minhas continências; salve Homem de Pedra!
Autor: Antonio
Marques.
Texto publicado na última edição da revista Ponto & Vírgula