Páginas

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Infraestrutura Projetada (ao PUMA)

Apresento-lhes, desta feita, a projeção da Klabin, em relação ao Projeto PUMA, quanto à infraestrutura local para logística de transportes; em se projetando a expedição dos processos fabris oriundos da nova fábrica. E levando em consideração também o desenvolvimento dessa região:

          O projeto prevê ações que visem cumprir com toda a legislação ambiental, seja ela municipal, estadual ou federal. Como a preservação de espécies nativas locais, o respeito às terras regionais demarcadas para comunidade indígena, tratamento de efluentes e resíduos, entre outras situações. Mas se atendo ao estudo proposto, nos voltemos para as questões logísticas relativas à infraestrutura para transportes.
          Conforme o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Projeto PUMA, IAP/2012; p. 44), “No interior do site da nova fábrica será implantada via de acesso até a PR-340”. E ainda:

Está prevista a construção de um novo eixo rodoviário interligando a PR160 com a PR 340, através da ligação da estrada do Imbauzinho com a estrada Campina, mediante a construção de uma nova ponte sobre o rio Tibagi, com o objetivo de reduzir a distância média de transporte de madeira e o tráfego de caminhões na PR 160 no trecho da fábrica existente.

          E no interior da nova fábrica, possivelmente também será implantado um segmento de ferrovia, interligando-a com o ramal central do Paraná:
Pelo traçado da Ferrovia Central do Paraná, o ponto mais próximo para interligação com o empreendimento está a uma distância de aproximadamente 20 km. Nesse caso será necessária a implantação de um ramal ferroviário entre a fábrica e a Ferrovia Central do Paraná. (id. p. 45)

          Nessas condições, percebe-se que em questões de intermodalidade, prevalecerá o domínio da combinação rodo-ferroviário. Pois estes modais (ferroviário e rodoviário), já se encontram bastantes desenvolvidos nesta região em estudo – principalmente o rodoviário!


Infraestrutura “Projetada”


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Infraestrutura Local (made in TB)

Continuando com a pesquisa, vamos à infraestrutura local
(microrregião de Telêmaco Borba)
atualmente disponível...

RAMAIS PARA TRANSPORTES LOGÍSTICOS
NA MICRORREGIÃO DE TELÊMACO BORBA – PR

       E considerando a importância da infraestrutura logística para o setor dos transportes, analisemos as condições da região em estudo.
Em se tratando de acessos rodoviários, o município de Telêmaco Borba conta com a rodovia PR 160, denominada Rodovia do Papel, a qual permite acesso, a sudoeste com a rodovia BR 376 (denominada Rodovia do Café), cortando o município de Imbaú, e a noroeste com o município de Curiúva; a mesma se liga à rodovia PR 090 (denominada Rodovia do Cerne). O município ainda dispõe de ramal rodoviário o ligando com o município de Tibagi, através da PR 340 (Rodovia Sadi de Brito). A PR 160 é a que contém o maior fluxo de veículos com destino a Telêmaco Borba, é, portanto, a principal via de acesso a esse município.

Malha rodoferroviária e aeroporto na microrregião de Telêmaco Borba


FonteFonte: (EIA/Projeto PUMA – IAP/2012; p. 17)

E em se tratando de acesso ferroviário, Telêmaco Borba é servido por um ramal que liga a Fábrica das Indústrias Klabin, na Fazenda Monte Alegre, ao entroncamento da ALL (América Latina Logística), na cidade de Ponta Grossa (PR), para uso exclusivo da Klabin no transporte de cargas.

Rede ferroviária saindo da unidade Monte Alegre da Klabin

Fontewww.estacoesferroviarias.com.br

Enfim, a infraestrutura logística para transportes da região em estudo, se apresenta como bastante favorável às pretensões das Indústrias Klabin, em relação ao Projeto PUMA.
Com certas "facilidades" de se ligar à mesma, expandí-la, e/ou aprimorá-la.



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Fundamentos logísticos "ao PUMA"...

Desta feita lhes trago uma básica apresentação dos modais para transporte. Que se encontram dentro da fundamentação teórica para o estudo de caso em cima do projeto PUMA, das Indústrias Klabin do Paraná S/A; o qual estou desenvolvendo.

MODAIS PARA TRANSPORTE
O presente trabalho, que resumidamente estou transcrevendo aqui no blog, teve como um de seus objetivos, estudar as funções da logística, principalmente para o setor de transportes, focando a logística de expedição. Em relação ao transporte, dos mais diversos materiais, (DIAS, 1993, p. 12), assim o define:
Esse conjunto de atividades engloba o transporte de carga, armazenagem, movimentação física de materiais, embalagem, controle de estoque, seleção de locais para o armazém, processamento de pedidos e atendimento ao cliente.

( . . . ) A maneira como certo material pode vir a ser transportado, é considerada pelos estudiosos do assunto, como “tipo modal de transporte”. Atualmente, encontra-se nas bibliografias, seis principais modais de transporte, abaixo relacionados:

Transporte Aéreo ... (BALLOU, 1993, p. 128), considera que “O transporte aéreo tem tido uma demanda crescente de usuários no segmento de cargas com serviço regular (...) A vantagem do modo aéreo está em sua velocidade sem paralelo, principalmente para longas distâncias”... Não é o mais indicado, salvo situações específicas, resguardando as considerações de que o mesmo tem conseguido certo crescimento junto às demais modalidades para o transporte de cargas.

Transporte Aquaviário ... (BALLOU, 1993, p. 129), fez as seguintes considerações: “As hidrovias domésticas estão confinadas ao sistema hidroviário interior, exigindo, portanto, que o usuário ou esteja localizado em suas margens ou utilize outro modal de transporte, combinadamente”... É quase que impossível em algumas regiões do Brasil, devido a muitas precipitações de seus rios, resultante de nossa geografia.

Transporte Dutoviário ... (BALLOU, 1993), agora junto à página 130:
O transporte dutoviário oferece um rol muito limitado de serviços e capacidades (...) Entretanto, existem algumas experiências no transporte de sólidos em suspensão num líquido, chamado de “pasta fluída” (slurry), ou sólidos contidos em cilindros, que se movem dentro do líquido. Caso estas inovações demonstrem sua economicidade, o uso de dutos pode ter grande expansão.
... O Brasil conta com o famoso “gasoduto da Bolívia”. Mas para o transporte de materiais sólidos, esta prática ainda requer ser mais bem difundida no país.

Transporte Ferroviário ... Para (DIAS, 1993, p. 326) é “destinado a volumes maiores e que possuem custo unitário baixo”... Se apresenta com potencial para solucionar grande parte dos problemas enfrentados pelo transporte rodoviário nacional.

Transporte Marítimo ... Segundo (DIAS, 1993, p. 326): “Deverá levar produtos de baixíssimo custo unitário, cujo tempo de realização da operação não fosse fator preponderante no encarecimento da mercadoria”. Como exemplo desses produtos pode-se citar as commodities, que podem ser consideradas como mola propulsora das exportações brasileiras... Bastante indicado para transações internacionais.

Transporte Rodoviário ... (BALLOU, 1993, p. 127): “serve rotas de curta distância de produtos acabados ou semi-acabados”. E segundo mesmo autor e obra, em sua página (128):
Caminhões oferecem entrega razoavelmente mais rápida e confiável de cargas parceladas. O operador rodoviário necessita preencher apenas um veículo antes de despachar a carga, enquanto a ferrovia deve lotar um trem. Consequentemente, o modo rodoviário é mais competitivo no mercado de pequenas cargas.

Transportes Intermodais Ou multimodais ... Segundo (BALLOU, 1993, p. 126), o transporte multimodal ocorre: “Quando dois ou mais modos individuais de transporte são envolvidos num único despacho”.
O Brasil necessita de investimentos em infraestrutura, principalmente em transportes, entende-se que a matriz brasileira precisa ser repensada, aperfeiçoada, ou, pelo menos melhorada. E essas considerações vêm ao encontro de Fleury (2000):
O Brasil apresenta muita dependência do modal rodoviário, o segundo mais caro, perdendo apenas para o aéreo. O autor apresenta alguns números: 61% da carga são transportadas pelas rodovias no Brasil, enquanto que na Austrália a porcentagem é 30%, nos EUA 28% e na China cai para 19%. É fácil perceber a oportunidade para redução de custos caso o transporte rodoviário atinja padrões internacionais, o que ensejaria crescimento de modais mais baratos. O autor estima que a migração de diversos produtos do rodoviário para o ferroviário já significaria uma economia de cerca de U$ 1 bilhão por ano. (apud SCANDOLARA, 2010, p. 22)
E (BALLOU, 1993, p. 113), sentencia: “O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maior parte das firmas. O frete costuma absorver dois terços do gasto logístico”.

LOGÍSTICA DE EXPEDIçÃO (Outbound) ... Parte da logística que se refere especificamente ao ato de se despachar mercadorias ao cliente, fazendo uso dos mais diversos canais de distribuição, os quais passam a ser cada vez mais usados, requerendo maior manutenção, ganhando importância e se apresentando, cada vez mais como fatores estratégicos de competitividade. Mas não só isso, quando uma grande corporação se instala em determinada região, geralmente faz surgir ao seu entorno, as chamadas “empresas satélites”, prestadores de serviços direta ou indiretamente ligados à organização-mor...

Enfim, o caso específico do “Projeto PUMA”, a ser instalado no município de Ortigueira/PR, deve proporcionar grande desenvolvimento para esta comunidade e toda sua circunvizinhança, com reflexos ao longo de toda sua cadeia produtiva; e até fora dela.

ass: Antonio Marques.

domingo, 11 de agosto de 2013

(intro) Projeto PUMA...

Depois de um longo e tenebroso inverno (de fato), volto a postar algo aqui no blog. E como hoje (11/08), é dia do estudante, lhes apresento uma básica introdução de meu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), para o curso de Administração de Empresas, da FATEB - Faculdade de Telêmaco Borba. Que se trata de um estudo documental em cima do projeto PUMA, das Indústrias Klabin do Paraná S/A.

INTRODUÇÃO

As indústrias Klabin S/A, desenvolveram um projeto, batizado de “Projeto PUMA”, para implantar uma nova unidade fabricadora de celulose e papel, no município de Ortigueira. Numa região denominada como Campos Gerais do Paraná, na localidade rural conhecida como Campina dos Pupo, pertencente à “microrregião” de Telêmaco Borba - PR. Onde a empresa já possui terras (reflorestadas), para erguer seu empreendimento. Portanto, onde se lê Projeto PUMA, “leia-se”: nova fábrica das Indústrias Klabin no município de Ortigueira (PR)!
Além de a empresa já possuir terras, estas se encontram praticamente todas cobertas por florestas de eucalipto e pinus, principal matéria-prima para os processos fabris a que o empreendimento se propõe, a fabricação de celulose. A região é praticamente toda revestida por um “mar verde”, e o manejo florestal, com vistas a propiciar sustentabilidade em relação ao uso de suas madeiras, conta com certificação internacional junto a órgãos competentes para tal.
Um empecilho para tal empreendimento, é a não existência de infraestrutura no local, não existe estradas pavimentadas, a distribuição de energia elétrica, ou de qualquer outro tipo de energia, é falha (subentendida como totalmente insuficiente para tamanho empreendimento), além de outras questões sociais provocadas e caracterizadas pelo fenômeno da aglomeração de pessoas... Exigindo-se, investimentos nesse sentido, principalmente para a logística de transportes. E principalmente neste caso em estudo, pois no local pré-determinado para tal empreendimento, só se encontra estradas rurais...
O trabalho em questão, baseado em bibliografias, que possibilitaram dar base, ao estudo do projeto, conta também com o acompanhamento das notícias relacionadas ao mesmo, já anunciado como o maior investimento privado da história do Paraná. Considerando as palestras relacionadas ao assunto, e, não desconsiderando alguns conhecimentos empíricos de seu autor. Busca-se trazer à tona e deixar registrado, os principais impactos oriundos da implantação da logística para transportes, que se fará necessária, para atender esse grandioso complexo fabril.
Para tanto, pesquisou-se os tipos modais de transportes, seus ramais e possíveis intermodalidades; principalmente a questão da logística de expedição, em parte da literatura denominada como: logística outbound – foco deste estudo.

Procurar-se-á, evidenciar a inovadora proposta de Partilha de ICMS, entre os municípios que farão parte da cadeia produtiva, que abastecerá a unidade fabril com matéria-prima. O que tornará possível a obtenção de seu produto final, e a consequente expedição do mesmo. Culminando com a formação de receita via “ICMS”, e a possível partilha da mesma, entre esses municípios... Subentendendo-se, que o ponto de origem dos materiais primários, pode (ou deve) ser visto com maior atenção pelo gerenciamento da cadeia produtiva! E com essa consciência, o Projeto PUMA se apresenta de forma inovadora, em relação ao recolhimento do ICMS – conhecido como “Imposto para Circulação de Mercadorias e Serviços” – trazendo uma nova proposta com vistas ao desenvolvimento regionalizado. Com intuito de propiciar um desenvolvimento, que pode ser entendido como mais uniforme, ao longo de toda sua cadeia de abastecimento, composta por 12 (doze) municípios da região, que servirão como fontes de sua matéria-prima.

Ao longo do mês, é possível que venha postar o restante do trabalho,
conforme desenvolvimento do mesmo (?)
Ass: Antonio Marques.