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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Lendas de TB - Araucárias (jan024)

Lendas de TB: Araucárias - Para janeiro de 2024

        Como Conselheiro Municipal de Cultura de TB para o biênio 2023 a 2025, na condição de membro não governamental, eleito para a cadeira de Literatura e Folclore, apesar de a literatura ser nossa área de atuação, resolvemos trazer uma pequena contribuição para o FOLCLORE também, relacionado algumas "lendas" de TB. As apresentando uma por mês ao longo do ano...
        Abaixo, a lenda apresentada para este mês de janeiro/2024:

        O ... blog (xisxis da UNICAMP) postou três versões de uma lenda sobre a Araucária e a Gralha-Azul ... símbolos 'do lindo-maravilhoso-sensacional Estado do Paraná...

        ...De acordo com estudiosos, a Gralha-azul ' é dispersora da Araucária '. Ela transporta as sementes para se alimentar '. Possui o hábito de esconder no solo os frutos para comer depois e acaba, involuntariamente, plantando-a. Por isso, ' são protagonistas de ' lendas. Confira três versões:

    ● Certo dia o caçador de uma tribo encontrou uma onça no local onde estava, também, a curandeira da tribo inimiga. Como ele era apaixonado por ela, matou a onça e se aproximou da curandeira que, ao se assustar, desmaiou. Em seguida, os índios da tribo contrária o encontraram à beira do rio com a curandeira nos braços e pensaram que ele havia feito mal à ela. Por isso, o mataram a flechadas. Devido ao amor de ambos, ele se transformou em Araucária e ela na Gralha-azul. As gotas de sangue que pingaram com a flechada tornaram-se os pinhões que o pássaro enterra; as flechas, os espinhos; e o índio, a árvore.

    ● Descansando em um galho de Araucária, a Gralha-negra acordou com o som dos golpes do machado. Para não presenciar a morte do pinheiro, voou para as nuvens. No céu, uma voz pediu para ela voltar aos pinheirais, pois seria revestida de azul-celeste e passaria a plantar Araucárias. Conforme o desejo sublime, retornou e começou a espalhar a semente da árvore.

    ● Uma Gralha-parda sempre se lamentava humildemente para Deus dizendo que nada valia, que seu trabalho se restava a estragar plantações. Deus, ouvindo o pedido do pássaro, entregou um pinhão para a ave que o prendeu no bico e martelou contra um galho até lascar. Depois, comeu a melhor parte e depositou o restante do pinhão em uma cova rasteira e mal coberta de terra. Quando a podridão consumiu a haste, o broto já havia germinado e nasceu um lindo pinheirinho. Repetidas vezes a Gralha fez isso com as sementes que Deus lhe dava até cobrir o Paraná de pinheiros. Para premiar a ave, Deus a deu uma plumagem da mesma cor de seu manto celestial.
(...)

        De nossa parte (para TB) escolhemos a versão/LENDA do caçador, que matara a onça para salvar sua amada curandeira que pertencia a tribo inimiga. Que desmaiara de susto. E que após os índios da tribo contrária o encontrarem com a amada curandeira desmaiada nos braços, o mataram a flechadas. E assim, devido ao amor de ambos, ele se transformara em Araucária, ela na Gralha-azul, as gotas de sangue das flechadas tornaram-se os pinhões que o pássaro enterra e as flechas os espinhos das pinhas, digamos que para proteger os frutos originados do sangue do apaixonado caçador, que viria a ser replantado pela sua amada transformada em gralha azul - Para que o amor de ambos pudesse renascer, se transformar em novas Araucárias, e se perpetuar para sempre, ou pelo menos enquanto o amor perdurar.
Ou ainda, enquanto os homens ditos civilizados, não exterminem o amor, ou melhor dizendo, as Araucárias. Enfim, preservemos as ARAUCÁRIAS que ainda temos em TB, perpetuemos o amor/nosso amor pelas Araucárias...

Imagem meramente ilustrativa
Acervo pessoal do Autor
Disponível  no instagram do mesmo




REFERÊNCIA

DINIZ, Isis Nóbile. Três lendas sobre a Araucária. 
Xis-Xis, Blogs de ciência da UNICAMP (Universidade de Campinas), seção Estória. Campinas, 15 de julho de 2008. Disponível em: www.blogs.unicamp.br/xisxis/2008/07/15/tres-lendas-sobre-a-araucaria/. Acessado em: 21 jan. 2024.


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