Soneto resultante do meu processo de isolamento social vivido entre os dias 04 a 18 de dezembro de 2020, resultante de caso de SARS Cov2 na família, devido a pandemia do COVID-19.
Soneto do
isolamento: só lamento
No primeiro dia você não tem a menor ideia de como
será. Afinal, é só mais um dia.
No
segundo dia você ainda está um pouco incrédulo, ignorando a maresia.
No
terceiro dia você ainda tem a crença de que resistiria.
No
quarto dia você mantém viva a crença de que suportaria.
Então você se cansa de nada ter feito.
Compreendes
o quanto se trata de dias imperfeitos.
Deita
e levanta, levanta e deita; ainda que sintas espinhos no leito.
Quando realmente bate a “bad”, você já não se lembra mais qual é o dia.
Nem
em qual dia da semana estaria.
Ou
se final de semana seria.
A
quem importa? A você, o que importaria?
Você deita para dormir e não se cobre.
Fica
à espera de que a inspiração seja nobre.
Mas nem isso, então, só me resta pedir desculpas pelas rimas pobre.
Estamos todos já em perfeitas condições de saúde (eu, minha esposa e meu filho). O soneto foi só para não passar em branco esse momento - ainda que tenha faltado inspiração.
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