O dia
26 de julho é feriado municipal nas cidades de Castro e Ponta Grossa (região
dos Campos Gerais – PR), pois ambas celebram sua padroeira Sant’Ana; em Tibagi
também, pois a cidade da mesma região, promove na localidade de Campina Alta, a
famosa festa da “Santinha”.
INÍCIO DA DEVOÇÃO POPULAR
Da Assessoria
A ‘Santinha’, como é chamada pelos fiéis recebe duas denominações:
é conhecida como santa Pastorina ou Castorina e sua história está ligada à
tradição de fé do povo tibagiano. Além de se tornar uma festa oficial no
calendário de eventos da cidade, o dia da ‘Santinha’, que embora não seja
reconhecida pelo Vaticano é lembrada pelos devotos como santa milagreira, é
momento de peregrinação.
Quanto à origem da imagem, monografia apresentada em 2001 por
Silmara Terezinha Pedroso na pós-graduação em História pela Universidade
Estadual de Ponta Grossa, aponta três versões populares. A primeira está
descrita em documento da Câmara de Vereadores que permanece sobre o altar da
capela onde santa Pastorina é cultuada. “Em dia e mês não especificados do ano
de 1900, Maria Rubina Ferreira veio do Socavão, município de Castro, para
Campina Alta”, indica a placa. Era esta mulher que, todos os anos no mês de
junho, promovia em sua casa uma reza em louvor à santa atraindo moradores
vizinhos. Segundo a pesquisadora, outra versão dá conta de que a pequena imagem
pertencia a uma família castrense que desapareceu.
Depois de algum tempo essa imagem teria sido encontrada por outra
família, num pequeno riacho, em Campina Alta. A última hipótese para o
surgimento da imagem está ligada à passagem do monge João Maria por Tibagi. O
monge circundava a região de Castro e Tibagi. Assim, com suas andanças, ele
poderia tê-la levado de Castro para Campina Alta, onde ela permanece até o dias
atuais. A pequena imagem de louça mostra uma mulher de pele clara, vestida com
capa e capuz rosa, segurando na mão direita uma espécie de cesta, e não
apresenta característica sacra. A estatueta que está na capela é a mesma que
teria sido encontrada em 1900 por Maria Rubina, em Castro, exposta no centro do
altar por onde centenas de pessoas passam para beijá-la ou depositar ali algum
objeto como forma de agradecimento pelas bênçãos recebidas.
Há algum tempo atrás (quando mais
jovem), recordo-me ter ido com meus pais numa das festas da Santinha,
percebia-se uma enorme religiosidade espalhando-se pelos ares do local. Mais
recentemente, amigos que prestigiaram o acontecimento, relataram-me que ainda
exala-se muita fé no evento, mas também se encontra nas festividades, bastantes
comerciantes (servindo aos interessados), vários turistas à passeio, e alguns
simplesmente curiosos.
O fato é que, devido à grande
movimentação dos fiéis, a data já a algum tempo passou a ser considerada como
feriado municipal, para toda a comunidade tibagiana!
Equipes da Secretaria Municipal de
Saúde, da Defesa Civil, Polícia Militar e da segurança própria do evento estão
de plantão para garantir o bem-estar e a segurança do público e realizar
atendimentos e intervenções necessários. A Secretaria Municipal de Turismo
também está de plantão, com estande montado em Campina Alta e na cidade, no
Centro de Informações Turísticas. Funcionários estão a postos durante todos os
dias. O Disk Turismo também está à disposição. O número é 0800-6431388 e a ligação
não tem custo. “Muitas pessoas aproveitam a passagem pela festa da Santinha
para conhecer ou revisitar outros pontos turísticos de Tibagi, como o canyon
Guartelá, salto Santa Rosa, salto Puxa-Nervos e Arroio da Ingrata, dentre
outros”.
Página
Um; ano XXll, nº 2195; 26 e 27 de julho de 2012.
(27/07/2012)
_Pensamento do dia: “A fé move montanhas”.!
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