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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Custos do professor remoto (Pandemia 2020)

                    Antunes, Couto e França Filho, em trabalho intitulado “Alguns apontamentos para uma crítica da educação a distância (EaD) na educação brasileira em tempos de pandemia” (2020), trazem como proposto (belos) “apontamentos” e finalizam junto à p.15 com a seguinte consideração:

Assim, a crítica não é de forma alguma sobre o serviço da tecnologia, mas a quem esta deve servir: aos educadores brasileiros que devem conduzir seu trabalho, e uma escola para a formação intelectual e humana do seu povo, com as ferramentas que estiverem disponíveis. O que a educação brasileira precisa, principalmente após o momento em que essa pandemia cessar, depois de meses de isolamento social, é a presença dos professores e de toda a comunidade escolar nas escolas, não de mais distância na educação.

Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tamoios/article/download/50535/33468

Após o reduzido relato acima, gostaria de compartilhar a imagem abaixo para uma continuidade bem específica:

Fonte da imagem: https://horizontes.sbc.org.br/index.php/2021/07/maquinas-de-ensinar/

 

Ainda que possa fugir um pouco ao tema proposto, estive reflexionando e gostaria de deixar o “convite” aqui ao mesmo “exercício” sobre os custos para o professor com a “instrução (re) programada”, considerando os itens apresentados na imagem:

·         Ar condicionado - Com o professor em casa, aumenta-se consideravelmente o uso do mesmo! E o professor é quem pagará;

·         Mobiliário - Particularmente não possuo mobiliário próprio para finalidade “dar aula”! Nem pretendo adquirir tão cedo, até porque, sou eu quem pagaria por isso. Creio que seja a realidade de grande parte dos professores;

·         Computador - Entendo que a maioria dos professores precisariam de um computador mais potente para armazenar tantos materiais, pagando por isso?;

·         Internet - Muito possivelmente também precisariam de uma maior capacidade de circulação de dados, o que não viria de graça;

·         Energia - Aumentaria substancialmente além do uso do ar condicionado, até em função do sistema de “bandeiras” por faixa de consumo. Mais custos ao professor;

·         Telefone - Possivelmente faz-se necessários alguns contatos com alunos e/ou responsáveis, sem a Secretaria… (custos ao professor);

·         Metas - Como cumprir metas sem as condições mínimas de trabalho?;

·         Plano de aula - Como planejar algo digno da nobreza da profissão sem as condições mínimas necessárias? A excepcionalidade não pode virar regra!; e

·         Jornada de trabalho - Por fim, a excepcionalidade (em via de regra) da jornada de trabalho, teria de ser (de alguma forma) melhor mensurada e remunerada por tal (sic)! Mitigando essa “regra básica” de professor levar trabalho para casa. E agora pior, com o professor trabalhando de casa ainda pagando por isso.




Atividade para a pós graduação "ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E TECONOLOGIAS" do IFPR Campus Telêmaco Borba (PR) - turma 2020.



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