Antunes, Couto e França Filho, em trabalho intitulado “Alguns apontamentos para uma crítica da educação a distância (EaD) na educação brasileira em tempos de pandemia” (2020), trazem como proposto (belos) “apontamentos” e finalizam junto à p.15 com a seguinte consideração:
Assim,
a crítica não é de forma alguma sobre o serviço da tecnologia, mas a quem esta
deve servir: aos educadores brasileiros que devem conduzir seu trabalho, e uma
escola para a formação intelectual e humana do seu povo, com as ferramentas que
estiverem disponíveis. O que a educação brasileira precisa, principalmente após
o momento em que essa pandemia cessar, depois de meses de isolamento social, é a
presença dos professores e de toda a comunidade escolar nas escolas, não de
mais distância na educação.
Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tamoios/article/download/50535/33468
Após o reduzido relato acima, gostaria de compartilhar a imagem abaixo para uma continuidade bem específica:
Fonte da imagem: https://horizontes.sbc.org.br/index.php/2021/07/maquinas-de-ensinar/ |
Ainda que
possa fugir um pouco ao tema proposto, estive reflexionando e gostaria de
deixar o “convite” aqui ao mesmo “exercício” sobre os custos para o professor
com a “instrução (re) programada”, considerando os itens apresentados na
imagem:
·
Ar condicionado - Com o
professor em casa, aumenta-se consideravelmente o uso do mesmo! E o professor é
quem pagará;
·
Mobiliário - Particularmente não possuo
mobiliário próprio para finalidade “dar aula”! Nem pretendo adquirir tão cedo,
até porque, sou eu quem pagaria por isso. Creio que seja a realidade de grande
parte dos professores;
·
Computador - Entendo que a maioria dos
professores precisariam de um computador mais potente para armazenar tantos materiais,
pagando por isso?;
·
Internet - Muito possivelmente também
precisariam de uma maior capacidade de circulação de dados, o que não viria de
graça;
·
Energia - Aumentaria substancialmente
além do uso do ar condicionado, até em função do sistema de “bandeiras” por
faixa de consumo. Mais custos ao professor;
·
Telefone - Possivelmente faz-se
necessários alguns contatos com alunos e/ou responsáveis, sem a Secretaria…
(custos ao professor);
·
Metas - Como cumprir metas sem as condições
mínimas de trabalho?;
·
Plano de aula - Como
planejar algo digno da nobreza da profissão sem as condições mínimas
necessárias? A excepcionalidade não pode virar regra!; e
·
Jornada de trabalho - Por fim, a
excepcionalidade (em via de regra) da jornada de trabalho, teria de ser (de
alguma forma) melhor mensurada e remunerada por tal (sic)! Mitigando essa
“regra básica” de professor levar trabalho para casa. E agora pior, com o
professor trabalhando de casa ainda pagando por isso.
Atividade para a pós graduação "ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E TECONOLOGIAS" do IFPR Campus Telêmaco Borba (PR) - turma 2020.
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