Revolução nas tecnologias da informação e comunicação (a partir de Santomé, 2013) e a Cultura de violência versus a Educação para a paz
Palavra do Autor: Fundamentação inicial para a minha fala no Seminário da disciplina de Direitos Humanos e Cultura de Paz na Perspectiva das Epistemologias do Sul - Iniciando-se por "mapear" os tipos de violência...
Galtung (1981ª, p. 1997) ' chega a
estabelecer os quatro tipos de violência quando as necessidades básicas não são
satisfeitas:
- A violência
clássica, da guerra ao homicídio;
- A pobreza e,
em geral, as privações no campo das necessidades materiais;
- A repressão e
a privação dos direitos humanos;
- A alienação e
a negação das necessidades “superiores” (grifo
nosso).
Por tudo isso, Galtung conclui taxativa: “chamar de paz uma situação em que
imperam a pobreza, a repressão e a alienação é uma paródia do conceito de paz”
(Galtung, 1981ª, p. 1999) - apud JARES
(2002).
... por notar a reprodução das lógicas da
colonialidade do poder, do saber, e do ser em processos e operações de paz
contemporâneos, propomos aqui o conceito de “colonialidade da paz”. O conceito
de “paz” vem acompanhado de um ímpeto civilizatório: construir a “paz”
significa, em grande parte, moldar um “Outro” incivilizado à imagem e
semelhança do “Self” moderno ocidental (ibid) -
GUERRA 2020.
Autor: A violência existente na sociedade e colocada em prática junto aos processos de colonialidade - como se percebe em GUERRA.
Autor: O Brasil têm um tipo de violência muito específico, oriundo do racismo cultural impregnado na sociedade brasileira desde sua fundação/formação...
Cultura de Paz como
alternativa ao autoritarismo e o racismo brasileiro
O Brasil hoje está entre os países mais
violentos, segundo o Atlas da Violência de 2019 ocorreram 65.602 homicídios em
2017, uma taxa de 31,6 por 100 mil habitantes, é o maior número na história do
país. O que mais choca nesse cenário de violência é a que a maior parte desses
homicídios ocorre com a população jovem do país. Através dos dados podemos
notar o peso da desigualdade racial, visto que ainda segundo o Atlas da
Violência de 2019, 75,5% das vítimas de homicídios são negros (GOSS $ SALLES Filho,
2020).
Autor: A violência que sempre acompanhou as sociedades ao longo dos tempos, aproveitou-se da revolução digital...
' refletindo sobre a revolução nas
tecnologias da informação e comunicação, onde Santomé (2013) analisa que...:
Frente ao
crescimento dos meios de comunicação ' portais ' destinados a oferecer todo
tipo de informação, à complexidade das redes sociais que crescem ... urge uma
educação destinada a transformar a subjetividade de quem participa ... em
autênticos cidadãos, ' capazes de expressar, opinar e avaliar toda a informação
à qual têm acesso.
... a informação e comunicação tendem a
pautar a vida de grande parte das pessoas, mas justamente pela alienação e as
análises simples feitas sobre problemas complexos, que requerem respostas mais
adequadas.
Autor: E assim, se carece (e MUITO) de iniciativas que busquem amenizar a questão da violência, e, principalmente, nos apresentem alternativas e caminhos para a paz...
O que dizem os Organismos
Internacionais sobre a Paz
Iniciamos ... com a percepção que se deu a
partir de Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência da Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNUESCO), esboçada por
um grupo de ganhadores do prêmio Nobel, da Paz. Em suas discussões sugeriram
seis pontos fundamentais a serem considerados para todos os povos. São os
seguintes: Respeitar a vida,
Rejeitar a violência,
Ser generoso,
Ouvir para compreender,
Preservar o planeta,
Redescobrir a solidariedade (grifo
nosso).
Observando as diretrizes para cada um dos
princípios do Manifesto 2000 se percebe como a Cultura de Paz é ampla e pode
estar em todos os momentos de nossa vida, não como fato já dado, mas a ser
construído a partir das violências e dos conflitos que estão em jogo, tanto nas
famílias, nos bairros, cidades, país e no planeta - SALLES Filho (2016).
Nota do Autor: E tudo isso somente projetar-se-á (satisfatoriamente) a partir do momento em que criemos/tomemos consciência para rejeitarmos a violência, sob quaisquer de seus aspectos, criemos/espalhemos uma "consciência coletiva" de NÃO-violência, em busca de estabelecermos, planetariamente, uma (ainda utópica) CULTURA DE PAZ...
O Material de Lucas GUERRA está disponível para ser baixado em: academia.edu. Link acessado e conferido em 07/08/2021.
O Material de GOSS & SALLES Filho está disponível para ser adquirido em: textoecontextoeditora.com.br. Link acessado e conferido em 07/08/2021.
O Material de SALLES FIlho está disponível para ser baixado em: tede2.uepg.br. Link acessado e conferido em 07/08/2021.
Postagens anteriores referentes aos estudos:
1. Colonialidade nas Relações Internacionais - Atuação do Brasil no Haiti: http://amartb.blogspot.com/2021/06/colonialidade-nas-ris-em-guerra-2020.html
2. Educação para a Paz - Conceitual em JARES: http://amartb.blogspot.com/2021/06/educacao-para-paz-conceitual-em-jares.html
3. As Epistemologias do SUL (global): http://amartb.blogspot.com/2021/06/epistemologias-do-sul-combate-sociedade.html
4. Epistemologias do Sul - Racismo estrutural: http://amartb.blogspot.com/2021/06/epistemologias-do-sul-racismo-estrutural.html
5. A Teoria da Complexidade de MORIN - Cem anos do Autor: http://amartb.blogspot.com/2021/07/cem-anos-do-complexo-morin.html
6. A revolução da Informação e Comunicação - by Santomé (2013): http://amartb.blogspot.com/2021/07/a-revolucao-da-informacao-e-comunicacao.html
Elaborado pelo Autor |
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