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domingo, 9 de agosto de 2020

Soneto a "Pai José"

 


EU SOU NETO DE “PAI JOSÉ”

 

Pai José não mentiria, pai José não fingiria, pai José não trairia;

Pai José não traficaria, pai José não se prostituiria, pai José não cometeria qualquer patifaria;

Pai José não mataria, pai José não roubaria, pai José não ofenderia;

Pai José não teve regalia, pai José não ostentaria, pai José jamais se envaideceria.

 

Pai José não choraria, pai José não se compadeceria, pai José sequer uma lágrima derramaria;

Pai José não mendigaria, pai José não ousaria, mas, de fome pai José não morreria;

Pai José não negaria, se tivesse pai José repartiria, ao lado pai José, de fome ninguém morreria.

 

Pai José não divergiria, prevendo que a razão consigo estaria, pai José insolente não seria;

Pai José não se acovardaria, pai José não fugiria, pai José as costas não daria;

Pai José não descansaria, dia e noite trabalharia, e “aos seus” pai José proveria;

Pai José se privaria, pelos “seus” lutaria, pai José não se venderia.

 

“Pai José” não se encontra hoje em dia, “o próprio” não resistiria, pai José sucumbiria;

Pai José não te contaria, não te contaria “como é?”;

Se quer saber como pai José seria? Pergunte a mim, que sou neto de pai José.


Em homenagem ao senhor José Castro (in memorian), meu avô paterno.

ass:

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