A Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, aRio+20, será
realizada de 13 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte
anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio-92).
A Rio+20 será
composta por três momentos, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do
Comitê Preparatório, no qual se reunirão
representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados
na Conferência. Entre 16 e 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. E de 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da
Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e
de Governo dos países-membros das Nações Unidas.
Marcas
(http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20 -
Acessado em 03/06/2012)
Lista de objetivos para a Rio+20 segue indefinida
Na reportagem de Gustavo
Chacra, publicada pelo
jornal O Estado de S. Paulo,
03-06-2012: "Apesar de haver
consenso em torno dos objetivos, as áreas ou temas específicos ainda não foram
definidos", disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado,
que comanda a delegação brasileira nas negociações na ONU.
O principal debate se dá
na quantidade de áreas incluídas nas metas, que vão de mineração a oceanos,
passando por água e economia verde. A União Européia defende que sejam cinco. Alguns países
falam em até 15. O Brasil diz que o ideal seria entre oito e dez.
Por enquanto, apenas está
confirmado que a adoção da idéia de criar os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável, deverá propor metas numéricas desses objetivos com
prazo de definição até 2015. E os três pilares do desenvolvimento sustentável
(economia, sociedade e ambiente) devem reger os debates na conferência.
Nas negociações, existem
blocos como o do G-77, formado por mais de cem países. Porém, algumas nações,
como os Estados Unidos por exmplo, agem independentemente.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/510118 -
Acessado em 03/06/2012.
RISCO DE FRACASSO JÁ ASSOMBRA A RIO + 20
E RESTA POUCO TEMPO
Data: 16/05/2012
Autor(es): Por Daniela Chiaretti | De Berlim e Bonn
Autor(es): Por Daniela Chiaretti | De Berlim e Bonn
É triste, mas é verdade - a Rio+20 não entusiasma. A "maior conferência da história",
como anuncia o governo brasileiro, começa a ser associada ao mega encontro
sobre mudança climática que aconteceu na capital dinamarquesa (Copenhague), em
dezembro de 2009. Onde pretendia-se conseguir um tratado internacional que tratasse
do aquecimento global. Mas foi um fiasco.
Vladimir Putin, o presidente da Rússia, o premiê chinês, Wen
Jiabao, e o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh; disseram que virão ao
Rio. A solidariedade dos emergentes se estende aos companheiros
socialistas do novo presidente da França, François Hollande.
Já o americano Barack Obama não deu nenhum sinal de que pode
vir, o primeiro ministro David Cameron, do Reino Unido e a chanceler alemã Angela
Merkel disseram que não vem.
A Rio+20 não é nem de longe pauta nos Estados Unidos, imerso
em campanha presidencial. A conferência também não é prioritária na
Alemanha, o país mais poderoso da Europa e do seleto clube dos mais verdes do
mundo, junto com os escandinavos.
"A Rio+20 está um
desastre", comentou um diplomata internacional em Bonn. "E o Código Florestal? A presidente
Dilma perdeu credibilidade", dizia.
O conteúdo da conferência também não ajuda. Ninguém
fala como se financiará a economia verde no mundo dos países mais pobres.
Alguns desses, acham que é um complô do Norte, para camuflar barreiras
protecionistas a produtos "não verdes".
A Rio+20 discutirá processos de desenvolvimento, discutirá o
futuro, e como serão as cidades em poucos anos, como se pode ter segurança
alimentar com o clima mudando. A China vem gastando mais para limpar e
descontaminar áreas do que teria gasto se tivesse incluído a componente
ambiental no investimento inicial.
O desafio, aqui, não é fácil. É o de se desenvolver por
um caminho novo, sem repetir os erros dos outros.
No último dia da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a todos os governos que eliminem a fome do mundo. Ele disse que, em um mundo populoso, ninguém deveria passar fome.
ResponderExcluirUm grupo de políticos veteranos se juntou a organizações ambientalistas em sua avaliação de que a declaração final do encontro foi o resultado de um "fracasso de liderança".
Mary Robinson, ex-presidente irlandesa que também já ocupou o posto de Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que os termos do documento não são suficientes.
"Este é um daqueles momentos únicos em uma geração, quando o mundo precisa de visão, compromisso e, acima de tudo, liderança", disse. "Tristemente, o documento atual é um fracasso de liderança", afirmou, ecoando as declarações do vice-premiê britânico.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a declaração não produz benefícios para a proteção ambiental nem para o desenvolvimento humano.
Na fase final do encontro, Ban Ki-moon desafiou os governos mundiais a fazerem mais.
"Em um mundo de muitos, ninguém, nem mesmo uma única pessoa, deveria passar fome", disse.
"Embora o mundo produza comida suficiente para alimentar todos os habitantes do planeta, há mais pessoas passando fome hoje do que no último encontro organizado no Rio em 1992. "
As medidas que poderiam ajudar a eliminar essa situação incluem a redução do desperdício de alimentos – quase um terço de todos os alimentos produzidos são jogados no lixo nos países ricos, e uma proporção ainda maior nos países mais pobres, por razões diferentes. O desafio é parcialmente baseado no programa Fome Zero, criado no Brasil pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em paralelo às principais negociações no Rio, empresas e governos firmaram mais de 200 compromissos de ações voluntárias em diferentes áreas.
Energia, água e alimentos estão neste pacote, embora a maioria das promessas sejam de inclusão do tema desenvolvimento sustentável em programas educacionais.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120622_rio20_fracasso_jp.shtml - 25/06/2012.
"Suspeitei desde o princípio", devido ao fato de que grandes potências como Alemanha e Estados Unidos, menosprezaram a Conferência - dificilmente a mesma seria considerada como um sucesso.!
"Ações Voluntárias" me soa pequeno demais, sem regras punindo quem descumprir o "acordo", duvidar-se-á que alguém mostre um caminho verdadeiramente confiável (?)
A lamentar os grandes dispêndios financeiros direcionados para o evento, como fica bem claro devido ao montante de patrocinadores (os quais se pode conferir na postagem acima) - Lamenta-se principalmente em virtude dos resultados alcançados (leia-se propostos).
Desensenvolvimento Sustentável X Capitalismo Selvagem (?) Quem vencerá esta batalha?