HÁ UM DITADO alemão que ' vem sendo repetido ' nas redes ': “Se um nazista se senta à mesa com 10 pessoas e ninguém se levanta, então há 11 nazistas”.
...Somos, ' milhões compartilhando a mesa ' com nazistas, ' com ' pessoas que enxergam o outro como inimigo caso este não siga suas crenças ou modos de vida...
Essa grande mesa vem recebendo cada vez mais ' criminosos, ' segurando um copo de leite, uma Bíblia ou uma mandala. Nela se ouvem a piada racista, o comentário homofóbico, a decisão misógina ou transfóbica, ' cobertas com os ' títulos de “opinião” ou “brincadeira” ... Essa violência escancarada ' vai se galvanizando ' na língua e na alma. Escolhemos um cínico ' “ele está só brincando” e ' continuamos à mesa, ' sorrindo para o nazista...
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...Atualmente, existem mais de 300 células de supremacistas identificadas no país, um número recorde que se expande graças também à ajuda do presidente Jair Bolsonaro (ele nunca escondeu sua simpatia por esses grupos, como já mostramos aqui no Intercept).
'Também é cada vez maior a ' monstrificação de mulheres que buscam diminuir qualquer desigualdade entre elas e os homens: perfis anti-feministas, boa parte se intitulando cristãos, investem em palavras como “assassinas”, “cadelas”, “promíscuas”, “degeneradas”.
Um exemplo desse processo de construção da inimiga que deve ser eliminada pode ser vista no Instagram do chamado Clube Anti-feminista criado (por) deputada estadual bolsonarista ' de Santa Catarina '. Ali, uma ilustração mostra uma garota ' que parece representar uma feminista ' ao lado de uma mulher esguia, com um crachá da ONU, e de George Soros, o maior filantropo do mundo. Os três seguram a cabeça decepada de Jesus Cristo, colocada sobre um tecido branco empapado de sangue.
“Atenção: essa publicação denuncia violência, não faz apologia a ela”, diz a legenda mais que cínica ... do curso ' que se monetiza propagando ódio contra pessoas que já são alguns dos alvos preferenciais da violência no país ... É puro ódio em um país no qual se fala mais em comunismo e perigo LGBTQIA+ do que em alternativas à fome e ao desemprego recordes.
Estes discursos não podem ser entendidos como casos isolados e de importância pequena ' é nítido o investimento de grupos ' na desumanização daqueles que consideram “dissidentes”...
“Não estávamos preparados para essa avalanche de ódio”, diz o promotor de justiça Maxwell Vignoli, do Ministério Público de Pernambuco. 'Ele e diversas outras pessoas ' sofreram um ataque nazista durante um webinário sobre população idosa '. Vignoli estava abrindo a primeira mesa, que tratava sobre direitos voltados para pessoas idosas LGBT, quando começou a tocar o hino da Alemanha nazista (1933-1945). “Começaram então as ofensas: disseram que eu não ia falar, chamaram as mulheres de puta, piranha. O webinário foi suspenso e não voltou a acontecer. Fiquei muito atemorizado não só por mim, mas por minha família” (grifo nosso).
Um ponto crucial para que as ações da Justiça sejam mais efetivas, diz Vignoli, é a coletivização dos ataques ... “É preciso entender a gravidade geral dessa prática, verificar o prejuízo para toda democracia, não apenas para uma pessoa, para casos isolados. É angustiante repetir isso” (grifo nosso).
MORAES, Fabiana. 2021 para o ITB.
Fonte do recorte e indicação de leitura a quem o deseje na íntegra:
https://theintercept.com/2021/10/19/somos-milhoes-sentados-mesa-com-nazistas/
PS:
Nos alenta o fato de que, ao contrário do fascismo de Mussolini na Itália, e do nazismo de Hitler na Alemanha. O fascinazismo brasileiro, ainda que tenha alcançando o poder na relesPública brasilis, não conseguiu se manter nele. Derrotado democraticamente nas urnas em outubro passado (2022).
Um alento o fato de que a maioria da população brasileira não concorda com esse projeto nojento e nefasto de "pH()d&r"!
Conquanto, somos SIM, milhões (pois ainda somos a maioria), sentados à mesa com fascinazistas bolsonaristas.
Isso sem contar os bolsonarentos acampados em manifestações por aí, que agora, literalmente abandonados por seu "muso do fascismo brasileiro", tendem a se retirar dos acampamentos, não de "cena", pois continuarão sentados às mesas por aí...
Conquanto, somos SIM, milhões (pois ainda somos a maioria), sentados à mesa com fascinazistas bolsonaristas.
Isso sem contar os bolsonarentos acampados em manifestações por aí, que agora, literalmente abandonados por seu "muso do fascismo brasileiro", tendem a se retirar dos acampamentos, não de "cena", pois continuarão sentados às mesas por aí...
E a #luta continua...
Imagem meramente ilustrativa:
Fonte: twitter.com/isoudapaz. Acessado em 30 dez. 2022 |
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