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sábado, 4 de novembro de 2017

O brasileiro e sua relação econômica com a carne

     Ultimamente houve-se muito falar em crise. Então, resolvi escolher um item para correlacionar com o atual momento da economia brasileira - o ícone escolhido foi a carne. Partiu-se então por estipular um ponto de partida, inserir a carne nesse contexto e, realizar uma superficial e básica "viagem" cronológica contemporânea pós Ditadura brasileira, com um "pedaço de carne em mãos" - esse "pedaço de carne" vai variar conforme o momento econômico.
     Dada essa introdução explicativa a respeito da minha "viagem", vamos aos fatos da mesma:

  1. O ponto de partida de minha "peregrinação", deu-se logo após o fim da Ditadura brasileira, corria a (nem sei porque) "saudosa" década de '80. Engatinhava-se a democracia brasileira. Naquele momento eu era um menino chegando na adolescência, corria-se o ano de 1984 (eu contava dez anos de idade). Fui testemunha viva da (diga-se de passagem) triste "Era Sarney" (anos '80). O leitor mais atento deve estar começando a se indagar:
         Mas e a carne, onde entra nessa história?
         Pois é, não entra, não para mim. Eu era pobre (ainda sou), mas, naquele tempo, pobre não comia carne. Pobre se quisesse experimentar a tal iguaria, tinha que "engordar" um porquinho caipira, ou se embrenhar no mato atrás de alguma caça, pescar ou então, o mais comum, criar galinhas. Pobre "naqueles tempos" ia no açougue comprar dorso.

  2. Depois veio a gestão de FHC (Fernando Henrique Cardoso), no governo de FHC as coisas melhoraram bastantes para os pobres. A gente passou a comer o "franguinho" de cada dia. E nos finais de semana, comia-se carne (de gado), carne bovina; os pobres ficaram "faceiros" - comendo carne. Especificamente "lá em casa" rolava file sete, lombo agulha, no máximo o "corte americano". Mas, para quem comia até curucaca....

  3. Já na primeira década deste novo século, dois e mil e alguns anos (séc. XXI), viveu-se o Governo Lula. Particularmente, me foi o melhor governo que vivenciei, desculpe o egocentrismo, mas olho no meu roteiro e a estas alturas da jornada, o pedaço de carne que "vejo" em minha mãos, agora é filé mignon, alcatra, até picanha (vez em quando). Só o tal do caviar que ainda só ouço falar (parafraseando o "Pagodinho"). Mas o fato é que este pobre "aprendeu a comer carne".

  4. Entretanto, como alegria de pobre (dizem) dura pouco, veio uma tal de Dilma (virou da primeira para segunda década do século no Poder). Amiga do Lula, porém, não foi tão "companheira". Em seu Governo, os pobres se viram obrigados a voltar para o "franguinho de cada dia", e carne bovina (nem sempre de primeira), só nos finais de semana. No meu caso específico, fui "obrigado" a diminuir inclusive o tamanho do pedaço.

  5. Mas, como "desgraça pouca é bobagem" (é o que dizem os "pessimistas de plantão"), "derrubaram" a dona Dilma, para "enfiar" no Comando (da Máfia) o senhor Michelzinho, agora o Brasil tem o que Temmer (2017/2018). Resultado: estou indo novamente no açougue para comprar dorso.

OBS: Quem rir não vai para o céu! Aliás, desejo que morra engasgado com um pedaço de picanha. Afinal, a estas alturas do campeonato, que espero não seja o final de minha viagem, só os bastantes abastados estão aproveitando essa iguaria.


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