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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Política brasileira "moderna".!

A Política Brasileira da Nova República
Conforme Abrucio (2007), a reforma do Estado, via Constituição de 1988, focada nos erros do Regime Militar, destacou-se em três segmentos:
1o. A democratização do Estado e o papel conferido ao MP (Ministério Público), com o fortalecimento do controle externo através dos princípios da legalidade e publicidade;
2o. Descentralização e maior autonomia à Administração Indireta;
3o. Profissionalização da burocracia e uso da meritocracia para acesso a cargos públicos efetivos (via Concurso Público).
Porém, aos poucos a opinião pública percebeu que a Constituição não foi suficiente para resolver os problemas da gestão pública brasileira.
O pioneirismo de Bresser, não conseguiu implantar as reformas necessárias, como maior autonomia às agências, talvez em função da visão economicista da equipe econômica de FHC (Fernando Henrique Cardos), e/ou, muito em função do medo de perda do poder de influência por parte do Congresso. Em seu 2o mandato FHC deu ênfase ao controle fiscal (surgiu as LRFs – Leis de Responsabilidades Fiscais) e, implantou políticas públicas sociais.
O governo Lula deu continuidade a uma série de iniciativas de seu antecessor, pecando no quesito “reforma administrativa”. Como por exemplo nos programas Pnage e Promoex, de cunho participativas; mantendo a tradição centralizadora do Governo Federal.
Abrucio (2007), então propõe quatro eixos estratégicos para a agenda reformista do Estado brasileiro: “profissionalização, eficiência, efetividade e transparência/accountability”.
Apesar de impulsionar as políticas sociais, através dos programas Bolsa-família, MCMV (minha casa minha vida) e Cotas nas Universidades Públicas (como exemplos), iniciativas estas tidas por parte da opinião pública como “assistencialistas’. Ao que se percebe, o governo Dilma não conseguiu trabalhar de maneira satisfatória os quatro eixos “propostos”. Haja vista as Manifestações de julho de 2013, as quais solicitavam principalmente melhorias na saúde, na educação e no combate à corrupção – itens os quais poderiam ter sido melhorados via profissionalização, eficiência/efetividade e transparência (não necessariamente nessa ordem).
E o cenário atual (hoje 11/10/2014), próximo às eleições de segundo turno, que será 26/10/2014, não se apresenta nem um pouco animador. Os presidenciáveis supostamente tem “calcanhar de Aquiles”. Só para que se exemplifique: A presidenciável que representa a situação faz parte do partido que comandou o esquema de corrupção junto à Petrobrás (não estou dizendo que este seja o único, mas, é o mais veiculado pela imprensa nacional); o presidenciável pela oposição teve seu nome ´midiaticamente` ventilado como ligado a uma apreensão de meia tonelada de cocaína, num helicóptero pilotado por um servidor público (se não me falha a memória), numa clara demonstração de ligação com o narcotráfico.
Como solucionar esses problemas estruturais, só com muita educação e participação popular, mas, isso é um trabalho a ser realizado no longo prazo, enfim, por hora, que tem fé, que hore.

Antonio Marques, especializando em Gestão Pública, GPm 2014; UTFPR
Trabalho apresentado como parte da avaliação da disciplina Políticas Públicas.

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