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domingo, 27 de janeiro de 2013

Homem de Pedra (;)



Homem de Pedra
Dia desses, passando pela antiga Praça Castelo Branco (hoje Praça Horácio Klabin), aqui na minha querida cidade de Telêmaco Borba - PR, parei por uns instantes em frente à estátua do “Homem de Pedra”. Monumento este, erguido em homenagem aos trabalhadores da cidade. Nada mais do que justo!
De repente, me veio à lembrança, meus tempos de infância, me peguei a recordar de alguns momentos, de uma época em que estudava na Escola Marechal Arthur da Costa e Silva. Em algumas oportunidades, bastante raras, diga-se de passagem, eu e alguns coleguinhas, gazeávamos aula, e nosso ponto preferido para passar o tempo, era a antiga “Praça Castelo Branco”. Ali brincávamos e nos divertíamos numa inocência muitíssima singela!
Uma saudosa nostalgia me bate e ouso dizer: Bons tempos aqueles!
O “Homem de Pedra” já estava lá, imponente e robusto, a praça era razoavelmente limpa, e eram bem cuidados seus arbustos. Aquela década (de oitenta), entendo que talvez tenha sido bem definida, pelo saudoso “maluco beleza” do rock nacional:



Hei anos oitenta
Charrete que perdeu o condutor
Eu disse hei anos oitenta
Melancolia e promessas de amor



Já de volta ao presente, e sem se fazer ausente, a realidade me parece um pouco dura, quase tanto quanto o concreto, do “Homem de Pedra”, que continua lá. Agora estampando algumas pichações, convivendo com a mendigagem, e testemunhando certos “vícios” da juventude atual (da agora Praça Horácio Klabin).
Sempre firme em seu propósito, representando a homenagem, aos que labutam na “Capital do Papel”. Antes de ir-me embora, prestei-lhe minhas continências; salve Homem de Pedra!
Autor: Antonio Marques.


Texto publicado na última edição da revista Ponto & Vírgula


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