É
GOVERNO? SOU CONTRA
. . . A eleição em Curitiba era considerada uma das mais
previsíveis do Brasil. De um lado, o prefeito Luciano Ducci, do PSB, que
concorre à reeleição com apoio de 14 partidos. Do outro, o ex-deputado Gustavo
Fruet, do PDT, que se destacou na CPI dos Correios e está aliado ao PT. A
dúvida era qual deles venceria o segundo turno. Mas, a uma semana das eleições,
o favorito é outro: Ratinho Jr. Do inexpressivo PSC. O grande trunfo dele é seu
pai, o apresentador do SBT Ratinho, principal financiador da campanha e estrela
dos programas eleitorais do filho. As propostas de Ratinho Jr. parecem saídas
de um programa de Ratinho pai – são vagas, populistas e restritas à segurança.
O favoritismo de Ratinho Jr. pode ser uma surpresa, mas não é uma exceção. Há,
nestas eleições, uma quantidade incomum de candidatos sem experiência ou
expressão à frente das disputas . . .
Em comum, eles têm o fato de serem todos opositores
aos atuais prefeitos. Essa é a principal característica destas eleições. Em 18
das 26 capitais, os candidatos que lideram se opõem às gestões que acabam em 31
de dezembro. É o contrário do que ocorreu há quatro anos, quando 22 governantes
e apenas 4 oposicionistas foram eleitos nas capitais.
( . . . )
O PT já jogou a toalha em pelo menos dez capitais, e o
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva vê naufragar suas principais apostas.
( . . . )
Lula, que sempre teve de
exímio estrategista político e cabo eleitoral imbatível, pode estar perdendo a
sua influência. Ou então, como sinalizam as pesquisas, as coisas estão mesmo
prestes a mudar neste país.
Revista
VEJA. Editora ABRIL; ed. 2289 / ano
45, nº 40 p. 74 e 75.
_A reportagem acima,
da Revista VEJA, pode nos conduzir a duas reflexões:
1º. A sociedade civil,
pode realmente estar se posicionando contra quem quer que esteja no Poder,
independente de partido, ou ideologia, apenas para renovar os gestores, numa
demonstração de insatisfação, com o atual cenário da política. Guardadas as
devidas proporções, levando em consideração, a dimensão continental de nosso
país e suas diferenças culturais;
2º. Quem está no
comando, se encontra já no segundo mandato, devido ao alto índice de reeleição
(conforme a revista), não podendo concorrer novamente. E esses atuais
governantes não estariam conseguindo transferir seus votos, sem sabermos o
motivo, isso estaria descaracterizando os famosos “currais” eleitorais. Ou
seja, o povo não estaria “dando ouvidos” àqueles em quem teriam votado nas
últimas eleições.
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