Milícias cariocas a partir de 2000 - Caracterização (Rio das Pedras)...
Tentando melhor compreender o tema "milícias", estamos lendo artigos sobre, e publicando recortes aqui no blog; conforme abaixo:
1o post da série - Milícias: Grupos "pré-existenciais": ' no séc. V na Bretanha (COSTA et al.. 2021);
2o post - Milícias: Grupos "pré-existenciais" - O caso romano: ‘ acerca da milícia romana ' (e) as invasões bárbaras... (COSTA, 2013);
3o - Milícia na Idade Média: Grupo "Milícias de Cristo" - O caso da Igreja Católica: ' realizaram ' matança ' ao longo do período... (SOUZA [s.d.]);
4o - Milícia nos fins da Idade Média: A organização da polícia: Na França ... ' polícia militar ' para caçar ' desertores ... (BRODBECK, 2010);
5o - Milícias: O "sistema" no Brasil "oitocentista": Ordenanças, Corpos de Auxiliares, e a Guarda Nacional... (COSTA Jr., 2015);
6o - As milícias na Ditadura Militar no Brasil e o Esquadrão da Morte: ' representavam ... interesses ' no tráfico de entorpecentes (NASCIMENTO, 2019);
7o - Feliz dia do soldado! - menos aos milicianos: ' agentes e ex-agentes da lei 'e civis ‘ exercem ' controle extorsivo sobre comunidades... (STOODI, SP; 2022);
8o - As milícias cariocas a partir de Rio das Pedras: ‘ teriam se popularizado a partir da experiência ‘ de Rio das Pedras (ZALUAR, 2007);
9o - Milícias - Perfil de um Miliciano: ‘ aquele que ‘ tem meios para exercer a violência (‘Estado‘) e aquele ‘ recrutado ‘ (COSTA, CASAROLI, LOEBENS, LUCENA Jr; 2021) ;
10o - O que são MILÍCIAS: grupo militar ou paramilitar ‘ armados ‘ que se valem ‘ de violência ‘ para fins próprios (COSTA, CASAROLI, LOEBENS, LUCENA Jr; 2021) ;
11o - Milícias cariocas, caracterização, coerção e capital:
Milícia foi um termo criado pela mídia
para indicar o agrupamento de agentes ' que atuam à
margem da lei e exercem o controle de ' comunidades na cidade do Rio de Janeiro
pelo uso da violência com o argumento de proteger a população, tendo na verdade
como intenção a maior obtenção de lucros pela extorsão feita aos moradores que
pagam por ' “segurança” e, após o ' estabelecimento na comunidade, por outros
serviços. O surgimento das milícias passa por uma discussão histórica – Como a que estamos realizando e compartilhando aqui no blog (entre
tantas outras), contudo, principalmente junto ao meio acadêmico utilizando-se
de métodos e critérios para levantamento e checagem dos pressupostos (...).
As milícias começaram a ser identificadas
como um problema ' a partir ' dos anos 2000, onde o modelo iniciado em Rio das
Pedras já estava consolidado em diversas outras comunidades...
A ' forma de controle utilizada pelas
milícias é o uso da violência como punição para ' ato que fuja da conduta
imposta ', sendo ' comum a agressão física, a expulsão da comunidade ou a
morte, ' de forma semelhante as facções do narcotráfico...
A diversidade de
atividades comerciais controladas pela milícia varia de acordo com a situação '
de cada comunidade e com a relação de poder entre as milícias e as comunidades '.
Além da venda de segurança, (há) o
controle de ' transporte alternativo, ' de gás, ' de internet, e TV a cabo.
Onde seu poder é mais consolidado, as milícias chegam a possuir o controle
sobre as transações imobiliária ... Além do pagamento de' taxas, ' por não
atuarem 'n'a legalidade, isso permite as milícias a ' tomada de certos imóveis '
para seus lucros. 'Exemplo de que ao contrário do “mito libertador” ' é ' o
controle do tráfico de drogas em ' seus territórios. Como dito ... quando a
atividade comercial é baixa, eles buscam outros meios para obter o máximo de
lucro possível.
( ... )
Por se tratar de um
fenômeno ' particular ao Rio de Janeiro, as milícias são entendidas como uma
perversão ' policial 'n'a utilização de seus status ' a uma lógica de lucro
através do uso da violência para a privatização ilegal de diversos serviços. É'
possível perceber ... que o uso da violência ' sobre a população é algo que
sempre fez parte do aparato ' e a lógica de guerra da ' formação da polícia e
do discurso de legitimação das milícias também ' esteve presente nas práticas'.
( ... )
Com as milícias é possível observar que ' se utilizam desses ' meios para ' o controle 'e coerção nas favelas, ' pelo uso das estruturas do Estado através ' de servidores públicos ' atuando ' de forma que sua presença é legitimada ' para os moradores quando na verdade eles apenas estão atendendo aos seus próprios interesses. Já na compra dos meios de coerção as milícias através de sua influência política, atuam de forma a eleger representante (s) que reforçam os seus discursos de guerra às drogas ' de forma mais violenta. Por último, (quanto aos) 'meios de coerção (as) milícias ' se apropriam de todas as quais o Estado já possui pois ' a(s) utilizam enquanto representantes deste último.
E "seus candidatos" têm sido eleitos, e têm "bem" representado os fins a que se propõe ao se originarem ou se alinharem com as milícias. E, infelizmente, particularmente acreditamos que tal prática já estende seus "tentáculos" por outras partes e regiões do país... Conquanto, este pressuposto, carece de checagem e confirmação, para que não cainhamos na onda negacionista da dita "pós verdade", ou pior, espalhemos fake news, fato típico da milícias - agora no campo das tecnologias, as milícias digitais manipulam e contaminam o imaginário de pessoas comuns, sem as condições ideais de análises conjunturais, com mentiras de todo tipo.
Fonte e indicação de leitura na íntegra do texto recortado:
ARLINDO, V. P; Milícia e Estado: Um estudo relacionando as milícias com a formação do Estado moderno. Monografia (Graduação em Ciências Sociais) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, UFF. Niterói, 2020. 42 f. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/24193/TCC%20-%20Victor%20Pereira%20Arlindo.pdf?sequence=1. Acessado em 22 set. 2022.
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