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domingo, 11 de setembro de 2016

Minha lágrima

    Quem não chora?
    Homem não chora?
    Chora sim. Nem que seja "por dentro".
    Enfim. Acho que todo mundo chora.
Imagem retirada da internet
    Eu choro.
    Não me envergonho em confessar.
    Chorar alivia a alma.
    E a lágrima liberada, vai cumprir sua missão.

    Não é de meu costume. Mas, dia desses me peguei chorando.
    Então resolvi "seguir" minha lágrima.
    E olha que se tratava de uma única lagriminha...

    Uma única lágrima saiu de minhas pálpebras, escorreu por meu rosto e despencou-se em direção ao solo. Solo ela estava.
    Minha pequena lágrima caiu em cima de uma folha de grama, aproveitou para regar a mesma. Depois adentrou finalmente o solo, brava guerreira tentando umedecê-lo. Foi filtrada. Ficou "faceira", sentiu-se purificada. Passou a procurar um lençol freático.
    Achou uma veia d'água através da qual voltou à superfície - numa linda fonte, diga-se de passagem. Escorreu pela montanha, ajudou a lavar pedras, a movimentar o monjolo e a roda d'água numa linda chacrinha.
     Foi despejada num rio maior, serviu de apoio às nadadeiras dos peixes. Acompanhou aquele rio em seu leito por entre morros e vales. Até finalmente chegar ao mar. De onde evaporou-se, seguindo em direção "aos céus".
     Ao chegar nas "alturas", chocou-se com uma nuvem, que a incorporou. Com um convite irresistível: Ajudar a compor uma bela chuva que iria regar alguns pontos daquele planetinha azul "lá embaixo" - de onde a mesma tinha vindo. Ela achou tudo isso muito lindo. E aceitou de bate-pronto a missão.
     E ela voltaria então, a desenvolver (talvez)praticamente as mesmas funções (ou não?). E se sim, não necessariamente nessa "ordem".
     E pra fechar com "chave de ouro", ela percebeu a verdadeira lição: Nessa vida tudo se reaproveita, tudo é retornável, tudo é reciclável...

     _É O CICLO DA VIDA...

Monumento às águas na praça Leopoldo Mercer em Tibagi/PR:
Acervo do autor