Páginas

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Milícias: O "sistema" no Brasil "oitocentista"

Milícias:
Resgate Histórico

        Na busca por um melhor entendimento sobre o tema milícias, compreender o contexto em surgiram. Leu-se alguns artigos, dos quais destacamos alguns, com recortes publicados aqui no blog; conforme abaixo:

Primeiro post da sérieMilícias: Grupos "pré-existenciais" - Um exemplo ' de grupos milicianos ... foram as milícias e grupos armados anglosaxões no séc. V na Bretanha. 'Grupos ' usados por lordes ' para repelir invasões de outros povos (COSTA et al., 2021);


Segundo post da série - Milícias: Grupos "pré-existenciais" - O caso romano - Flavius Vegetius Renatus ' escreve a obra ' Epitome rei militaris. ' um tratado ' acerca da milícia romana "dos antigos", ( . . . ) Este é o ponto ' da chamada "barbarização" ' do exército romano ( ... ) É por esta época que inicia o efeito ' cascata das invasões bárbaras... (COSTA, 2013);


Terceiro post da série - Milícia na Idade Média: Grupo "Milícias de Cristo" - O caso da Igreja Católica - Os movimentos heréticos apareciam oferecendo ' fé e devoção religiosa que escapava 'dos' controles da ' Igreja. ' mediante essa situação que ' no ano de 2019, uma confraria estabeleceu a ' chamada Milícia de Jesus Cristo. Visando defender 'o catolicismo ' os integrantes ' realizaram a matança de comunidades inteiras ao longo do período medieval... (grifo nosso) - (SOUZA [s.d.]);


Quarto post da série - Milícia nos fins da Idade Média: A organização da polícia... - Na França ' durante a Guerra dos Cem Anos, alguns militares desertam e, junto de mercenários, continuam a pilhar propriedades... Uma polícia militar é ' criada por JOão, o BOm, no século XIV, para caçar ' desertores, e proteger divisões '. Sob a chefia do ' alto comando de exército francês, ' sob a denominação de Maréchaussée. ' aos poucos passa também a ' policia'r estradas ' fazendas e ' aldeias. ' até os dias de hoje, com o nome de Gendarmerie, com idêntica natureza... (BRODBECK, 2010).


O sistema de milícias no Brasil Oitocentista:
por COSTA Jr. (2015)

        Assim, pode-se traçar raciocínio mais próximo de uma suposta verdade de que, a violência acompanha o homem desde sempre. As milícias o acompanham desde as disputas por espaço e territórios (domínios). E sempre com a peculiar e infeliz violência intrínseca da humanidade.
        No Brasil, não poderia ser diferente; acompanhemos abaixo o ocorrido nos idos de 1.800...

O Brasil ' como outros Estados ' ao longo do século XIX possuiu ' organização militar em que coexistiram forças profissionalizadas ' e forças que não possuíam treinamento profissional, ' conhecidas como “milícias”...
As forças de caráter miliciano existentes no Brasil durante o recorte temporal aqui analisado foram ': as Ordenanças, os corpos de Auxiliares, e a Guarda Nacional. As duas primeiras remontam ao período colonial...

( ... )

'As experiências adquiridas durante as guerras de Independência produziram no exército – ' profissional juntamente com unidades das ' Milícias – indivíduos politicamente ativos. Além disso, ' o sentimento nativista e a lusofobia ' bastante presente no meio militar '. A insatisfação com as políticas de D. Pedro I, ' com a sua baixa popularidade no final da década de 1820, potencializou manifestações contra o monarca, e segundo Paulo Pereira Castro as reivindicações sociais misturavam-se com as questões nativistas da “Tropa” e o alto oficialato não estava conseguindo ' manter a disciplina ' o que para ' consistiu numa crise militar que ' levou a abdicação de D. Pedro I em Abril de 1831 (CASTRO, 1964, p.10; 14-17) . . .

O modelo da nova força foi inspirado na sua congênere francesa, que havia passado por uma reestruturação recentemente...

Keegan ' argumentou que mesmo que o sistema de milícias fosse ' exclusividade dos homens livres e proprietários – ' únicos aptos (a) prestar serviço – e o número de soldados que o Estado podia organizar era limitado em relação ao contingente ' de homens disponíveis, algumas sociedades aceitavam tais condições por motivos como a diminuição dos gastos com exércitos, já que as forças milicianas pagavam a si próprias, e ' devido à questão da propriedade privada, e em casos que ' existia a ' escravidão, indivíduos de diferentes posições políticas uniam-se contra um inimigo externo – que representavam uma ameaça contra a propriedade e a condição civil de homem livre – e ' com aqueles excluídos socialmente: os não cidadãos – sem propriedades – e os escravos (KEEGAN, 1995, p. 247)...

'Diferentes tipos de força que fizeram parte do sistema de milícias do Brasil. Ainda que ' de forma sucinta ... pode-se concluir que a questão ' foi bastante complexa para o Estado brasileiro. (Tanto quanto) a extinção das forças coloniais, ' e a criação da Guarda Nacional como meio de por em prática a nova concepção de cidadão ... o Estado não precisaria mais ' das ' milícias para auxiliar o Exército, uma vez que ' podia arcar com ' a manutenção de contingentes cada vez mais numerosos. Essas mudanças foram determinantes para o declínio do sistema de milícias – enquanto parte do aparato repressor do Estado – em praticamente todo o mundo.


        Portanto, conquanto, contudo e por tudo, não podemos nos deixar influenciar por forças retrógadas, atrasadas e de nefastas intenções, nojentas e sem escrúpulos, que ameaçam nossas instituições, nosso sistema democrático e todo um aparato de Estado que, teria e deveria estar a serviço do povo, para o povo, com o povo, e, pela manutenção do Estado Democrático de Direito.

Fonte: bol.uol.com.br


Fonte (de informação e de indicação de leitura):

COSTA JR. O sistema de milícias no Brasil oitocentista. XVIII Simpósio Nacional de História. Revista Brasileira de História, ISSN 978-85-98711-14-0, Florianópolis / SC, ano 2015, Anais [...] , 27 a 31 jul. 2015. Disponível em: https://anpuh.org.br/index.php/documentos/anais/category-items/1-anais-simposios-anpuh/34-snh28. Acesso em: 29 jul. 2022.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço as eventuais colaborações!