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terça-feira, 31 de julho de 2012

Somente a verdade me interessa..!!


O MENSALÃO,
A CARTA CAPITAL
E A VITÓRIA DOS MAUS.
O comentário de hoje (30/07) não poderia ser outro que não a polêmica publicação da revista Carta Capital de um documento, supostamente atribuído ao advogado de Marcos Valério, onde seriam citados diversos nomes como receptores dos recursos oriundos do esquema criminoso montado por José Dirceu e pelo PT. Entre esses nomes estão elencados o do Ministro do STF Gilmar Mendes (como membro da AGU) – Advocacia Gera da União – e do Senador Delcídio do Amaral (PT/MS) – ex-presidente da CPI dos Correios.
[ . . . ]
Mesmo sabendo que a imprensa brasileira é mesmo infestada por correntes ideológicas e se presta a mascarar, aqui e ali, uma matéria de acordo com seus desejos político-partidários (ou pior, seus interesses financeiros), a publicação da Carta Capital tem todos os ingredientes de farsa ensaiada para pressionar os ministros do STF, em especial Gilmar Mendes, porque apresenta incongruências e mentiras óbvias que não sobrevivem a uma simples pesquisa no Google.
O primeiro erro fundamental no documento apresentado se refere à principal personalidade apontada como beneficiário do esquema de Marcos Valério: Gilmar Mendes. Ora, ele é citado como membro da AGU no documento e, na data em que o tal documento foi escrito ele era um “reles” subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Mesmo assumindo que se ventilasse, na época, a possibilidade de que ele assumisse o cargo na AGU no futuro; é preciso que o autor do documento tenha poderes mediúnicos para dar como certa uma nomeação com quase um ano de antecedência. Ainda mais no pleno reinado do “toma-lá-dá-cá” que era o governo de FHC, onde as nomeações eram decididas momento a momento.
O outro ponto que leva o leitor mais preocupado a uma verdadeira sinuca de bico é o fato do Senador Dulcídio do Amaral ser citado como beneficiário do esquema. Fica estranho imaginar o senador petista coletando recursos para pagar despesas da campanha de 1988, em um possível caixa dois, quando na verdade só sairia candidato PELA PRIMEIRA VEZ em 2002. Aqui neste ponto, nem mesmo se um médium vindo diretamente do Cacique Cobra Coral tivesse redigido o documento resolveria o problema. Só mesmo com o uso de uma máquina do tempo.
[ . . . ]
Longe da mera disputa ideológica, essas revistas, alguns blogs e outros meios de comunicação de massa, passaram a agir como arautos da cegueira e da alienação. Além disso, em nome de interesses meramente financeiros e inconfessáveis, passaram torcer pela vitória dos maus como forma de verem perpetrados seus benefícios e todo o “status quo” que os mantém rentáveis. Esqueceram-se de que por mais “vermelho”, “azul” ou “roxo” que você seja; é a verdade dos fatos que deve pautar qualquer publicação.
Quem, em sã consciência, pode negar que houve um mensalão e que este foi um esquema patrocinado e abraçado por altas figuras do PT? Quem pode negar o fato de que alguém vivendo exclusivamente do salário oriundo de cargos públicos jamais poderá juntar uma fortuna superior a dois bilhões de dólares se for honesto? Quem pode negar o fato de que ninguém sai de um cargo de estagiário e se torna um dos homens mais ricos do país, em menos de dois anos, de forma lícita? Quem pode negar o fato de que nunca antes na história “desse país” tenhamos vivido um momento tão podre e tão regado a desesperança e corrupção em matéria de política partidária?

 http://www.visaopanoramica.com/#ixzz22D2k97d8  - Acessado em 31/07/2012.

_Somente a verdade me interessa:
_Uma suposta verdade a que se pode chegar, perante os fatos acima relatados, é de que hoje em dia (mais do que nunca), faz-se necessário pesquisar e averiguar toda e qualquer informação que tenhamos interesse em conhecer. Da mesma forma com que pesquisamos vários fornecedores, quando desejamos adquirir certo produto, aconselha-se também tomar o mesmo procedimento, em se tratando de médicos e advogados (ou diria principalmente).
_E por que com a imprensa não deve ser diferente? Ou você acha que a imprensa não mente? Ou você acha que nenhum veículo de comunicação vende notícia? Você acredita que todos os jornalistas são idôneos e apartidários?
_Sem a petulância de querer ser o “dono da verdade”, o administrador deste blog, gostaria apenas de que, meus poucos e caros leitores, estivessem o mais próximo possível de “suas verdades”, e que estas fossem as mais próximas possíveis, da realidade dos fatos.

sábado, 28 de julho de 2012

Santinha da Campina!!


O dia 26 de julho é feriado municipal nas cidades de Castro e Ponta Grossa (região dos Campos Gerais – PR), pois ambas celebram sua padroeira Sant’Ana; em Tibagi também, pois a cidade da mesma região, promove na localidade de Campina Alta, a famosa festa da “Santinha”.

INÍCIO DA DEVOÇÃO POPULAR
Da Assessoria
A ‘Santinha’, como é chamada pelos fiéis recebe duas denominações: é conhecida como santa Pastorina ou Castorina e sua história está ligada à tradição de fé do povo tibagiano. Além de se tornar uma festa oficial no calendário de eventos da cidade, o dia da ‘Santinha’, que embora não seja reconhecida pelo Vaticano é lembrada pelos devotos como santa milagreira, é momento de peregrinação.
Quanto à origem da imagem, monografia apresentada em 2001 por Silmara Terezinha Pedroso na pós-graduação em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, aponta três versões populares. A primeira está descrita em documento da Câmara de Vereadores que permanece sobre o altar da capela onde santa Pastorina é cultuada. “Em dia e mês não especificados do ano de 1900, Maria Rubina Ferreira veio do Socavão, município de Castro, para Campina Alta”, indica a placa. Era esta mulher que, todos os anos no mês de junho, promovia em sua casa uma reza em louvor à santa atraindo moradores vizinhos. Segundo a pesquisadora, outra versão dá conta de que a pequena imagem pertencia a uma família castrense que desapareceu.
Depois de algum tempo essa imagem teria sido encontrada por outra família, num pequeno riacho, em Campina Alta. A última hipótese para o surgimento da imagem está ligada à passagem do monge João Maria por Tibagi. O monge circundava a região de Castro e Tibagi. Assim, com suas andanças, ele poderia tê-la levado de Castro para Campina Alta, onde ela permanece até o dias atuais. A pequena imagem de louça mostra uma mulher de pele clara, vestida com capa e capuz rosa, segurando na mão direita uma espécie de cesta, e não apresenta característica sacra. A estatueta que está na capela é a mesma que teria sido encontrada em 1900 por Maria Rubina, em Castro, exposta no centro do altar por onde centenas de pessoas passam para beijá-la ou depositar ali algum objeto como forma de agradecimento pelas bênçãos recebidas.

Há algum tempo atrás (quando mais jovem), recordo-me ter ido com meus pais numa das festas da Santinha, percebia-se uma enorme religiosidade espalhando-se pelos ares do local. Mais recentemente, amigos que prestigiaram o acontecimento, relataram-me que ainda exala-se muita fé no evento, mas também se encontra nas festividades, bastantes comerciantes (servindo aos interessados), vários turistas à passeio, e alguns simplesmente curiosos.
O fato é que, devido à grande movimentação dos fiéis, a data já a algum tempo passou a ser considerada como feriado municipal, para toda a comunidade tibagiana!

Equipes da Secretaria Municipal de Saúde, da Defesa Civil, Polícia Militar e da segurança própria do evento estão de plantão para garantir o bem-estar e a segurança do público e realizar atendimentos e intervenções necessários. A Secretaria Municipal de Turismo também está de plantão, com estande montado em Campina Alta e na cidade, no Centro de Informações Turísticas. Funcionários estão a postos durante todos os dias. O Disk Turismo também está à disposição. O número é 0800-6431388 e a ligação não tem custo. “Muitas pessoas aproveitam a passagem pela festa da Santinha para conhecer ou revisitar outros pontos turísticos de Tibagi, como o canyon Guartelá, salto Santa Rosa, salto Puxa-Nervos e Arroio da Ingrata, dentre outros”.
Página Um; ano XXll, nº 2195; 26 e 27 de julho de 2012.
(27/07/2012)


_Pensamento do dia: A fé move montanhas”.!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

"utopia? Boffiniana?"


       
         Nós ocidentais, os principais responsáveis.
                   Por Leonardo Boff

O complexo de crises que avassala a humanidade nos obriga a parar e a fazer um balanço. É o momento filosofante de todo observador crítico, caso queira ir além dos discursos convencionais e intrassistêmicos. Por que chegamos à atual situação que objetivamente ameaça o futuro da vida humana e de nossa obra civilizatória? Respondemos sem maiores justificativas: principais causadores deste percurso são aqueles que nos últimos séculos detiveram o poder, o saber e o ter. Eles se propuseram a dominar a natureza, conquistar o mundo inteiro, subjugar os povos e colocar tudo a serviço de seus interesses.
Para isso foi utilizada uma arma poderosa: a tecnociência. Pela ciência identificaram como funciona a natureza e pela técnica operaram intervenções para benefício humano sem reparar nas conseqüências. Esses senhores que realizaram esta saga foram os ocidentais europeus. Nós, latino-americanos, fomos à força agregados a eles como um apêndice: o Extremo Ocidente. Estes ocidentais, entretanto, estão hoje extremamente perplexos. Perguntando-se aturdidos: como podemos estar no olho da crise, se possuímos o melhor saber, a melhor democracia, a melhor consciência dos direitos, a melhor economia, a melhor técnica, o melhor cinema, a maior força militar e a melhor religião, o cristianismo?
Ora, estas “conquistas” estão postas em xeque, pois elas, não obstante seu valor, inegavelmente não nos fornecem mais nenhum horizonte de esperança. Sentimos: o tempo ocidental se esgotou e já passou. Por isso perdeu qualquer legitimidade e força de convencimento.
Arnold Toynbee, analisando as grandes civilizações, notou esta constante histórica: sempre que o arsenal de respostas para os desafios não é mais suficiente, as civilizações entram em crise, começam a esfacelar-se até o seu colapso ou assimilação por outra. Esta traz renovado vigor, novos sonhos e novos sentidos de vida pessoais e coletivos. Qual virá? Quem o Sabe? Eis a questão cruciante.
O que agravava a crise é a persistente arrogância ocidental. Mesmo em decadência, os ocidentais se imaginam ainda a referência obrigatória para todos. Para a Bíblia e para os gregos, esse comportamento constituía o supremo desvio, pois as pessoas se colocavam no mesmo pedestal da divindade, tida como a referência suprema e a Última Realidade. Chamavam a essa atitude de hybris, quer dizer: arrogância e excesso do próprio eu.
Foi esta arrogância que levou os EUA a intervirem, com razões mentirosas, no Iraque, depois no Afeganistão e antes na América Latina, sustentando por muitos anos regimes ditatoriais militares e a vergonhosa operação Condor, pela qual centenas de lideranças de vários países da América Latina foram seqüestradas e assassinadas.
Com o novo presidente, Barack Obama, se esperava um novo rumo, mais multipolar, respeitador das diferenças culturais e compassivo para com os vulneráveis. Ledo engano. Está levando avante o projeto imperial na mesma linha do fundamentalista Bush. Não mudou substancialmente nada nesta estratégia de arrogância. Ao contrário, inaugurou algo inaudito e perverso: uma guerra não declarada usando “drones”, aviões não tripulados. Dirigidos eletronicamente a partir de frias salas de bases militares no Texas, atacam, matando lideranças individuais e até grupos inteiros nos quais supõe estarem terroristas.
O próprio cristianismo, em suas várias vertentes, se distanciou do ecumenismo e está assumindo traços fundamentalistas. Há uma disputa no mercado religioso para ver qual das denominações mais aglomera fiéis. Assistimos na Rio+20 à mesma arrogância dos poderosos, recusando-se a participar e a buscar convergências mínimas que aliviassem a crise da Terra.
E pensar que, no fundo, procuramos apenas a singela utopia, bem expressa por Pablo Milanes e Chico Buarque: “A história poderia ser um carro alegre, cheio de um povo contente”.

    Leonardo Boff é professor, escritor, filósofo, teólogo, doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique (Alemanha), doutor honóris causa em Política pela Universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela Universidade de Lund (Suécia).
Retirado do jornal Correio do Vale, de 18 a 24 de julho de 2012; ano XVI – nº. 1013.


sábado, 21 de julho de 2012

DicoToMiniMizando


Como poderíamos realizar o di’agnóstico?
A g n ó s t i c o s
O termo “agnosticismo” provém do grego “agnostos” e significa negação ao conhecimento, mas para os agnósticos, a postura desse pensamento não significa simplesmente negar os conhecimentos ou o estado referencial das coisas, mas uma posição dialética de conteúdos definidos, principalmente marcados pela história oficial e seus fatores culturais...
...Para os religiosos, agnóstico é aquele que não tem religião ou crença em algo. Para o agnóstico, o ser humano é aquilo que é sem estar submetido a uma idéia superior de controle ou transcendência, o mundo deve ser observado como algo racional e finito sem linhas ou ambientes imaginários...
... Para o pensamento do agnosticismo estrito, é impossível o conhecimento de entidades sobrenaturais para a compreensão humana. No agnosticismo empírico, há a espera de reais evidências que provem a existência do sobrenatural, desacreditado até a sua racional comprovação. Já na linha no agnosticismo apático, a comprovação do sobrenatural em nada modificaria a vida humana.
http://www.infoescola.com/religiao/agnosticismo/            -              (21/07/2012)

     Teoria da Libertação
Eu me situo entre: primeiro entre os que crêem nas transcendentalidades, segundo, eu me situo entre aqueles que crendo na transcendentalidade, não dicotomizam a transcendentalidade da mundalidade. Quer dizer, em primeiro lugar, dentro de um ponto de vista do próprio senso comum, eu não posso chegar “lá”, a não ser a partir de “cá”. Se “cá”, se aqui, é exatamente o ponto onde eu me acho, para falar de “lá”, então é daqui que eu parto e não de “lá”. Eu respeito o direito de dicotomizar, mas eu não aceito a dicotomia.                                    Paulo Freire

_O que me levou a fazer esta postagem foram certas peculariedades do cotidiano telemacoborbense nos últimos dias. Primeiro com o falecimento do eterno prefeito Carlos Hugo, e segundo pelo contexto da política local. Pois bem, “seo Carlos” foi velado com as devidas orações (e independente de opção religiosa), muitos oraram por sua alma, realizou-se inclusive missa de “corpo presente”; essa dualidade sadia é muito bonita. Segundo, por estarmos vivenciando um momento político, no qual, percebe-se facilmente que, alguns dos partidos que lançaram candidaturas a prefeito, procuraram apoio em siglas religiosas; o que me leva crer que (inconstitucionalmente) não teremos um município LAICO – ou estou enganado?
_E essa rotulação não me cheira nada bem!
_Conforme o site http://www.dicionarioinformal.com.br (em 21/07/2012), podemos entender a palavra dicotomizar, como o fato de dividir em classes ou grupos. E sendo assim, dar-me-ei o direito de repetir as palavras do “mestre” Paulo Freire:
_Eu respeito o direito de dicotomizar, mas eu não aceito a dicotomia.

terça-feira, 17 de julho de 2012

CH & TB (tudo a ver)


    Telêmaco perde ex-prefeito Carlos Hugo Wolff Von Graffen aos 91 anos

O ex-prefeito por quatro vezes de Telêmaco Borba, Carlos Hugo Wolff Von Graffen, faleceu no último domingo, por volta das 6h. O corpo foi velado no plenário da Câmara Municipal e sepultado na manhã de ontem no Cemitério São Marcos, local onde também está enterrada a ex-primeira dama e esposa do ex-chefe do Executivo, Carolina Rezende Von Graffen.
O atual prefeito de Telêmaco Borba decretou luto oficial de sete dias. “A história do Hugo se confunde, se mistura com a história de Telêmaco Borba. Ele esteve presente na emancipação do município, foi prefeito por quatro vezes e teve sempre uma vida política ativa. Ele faz falta em qualquer representação de Telêmaco Borba. É uma perda irreparável. Bom seria se pudéssemos ter mais pessoas como o Hugo na política e na sociedade como um todo. Mas acho que ele morreu feliz, porque morreu fazendo o que o gostava. Era ativo ainda na política e é um exemplo para todos”, destaca Eros Danilo Araújo.
Acessado em 17/07/2012.
         Trajetória Perpassa por Emancipação
Carlos Hugo Wolff Von Graffen foi um dos responsáveis pelo processo que provocou a emancipação político-administrativa de Telêmaco Borba, em 5 de julho de 1963 e instalação em 21 de março de 1964. Durante as gestões como prefeito destaque para a construção do Terminal Rodoviário, Ginásio de Esportes Furtadão, Concha Acústica, Casa do Artesão, Centro de Convivência do Idoso, Centros Comunitários, escolas, creches, além da criação do Distrito Industrial.
Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 17 de julho de 2012, ano 59, nº 18.395, p. A4.




http://www.reportertb.com.br/site2/2012/07/morre-aos-91-anos-carlos-hugo-wolff-von-graffen/    -              Acessado em 17/07/2012.



     _"O cidadão Carlos Hugo sai de cena, mas seu nome, estará para sempre nos anais da História telemacoborbense".

sábado, 14 de julho de 2012

MuDar pra Quê RuMo?


     Navegando pelo facebook, encontrei o seguinte texto:

Palavras do Exmo Sr. Prefeito de Telêmaco Borba em sua página no Facebook: “@LanaEich: Hoje você têm a oportunidade de fazer as coisas diferentes. Mudemos para melhor, sempre!

Parabéns Caro Amigo Prefeito Eros Danilo Araujo - Concordo plenamente com o seu pensamento - Porque ficar com o igual se podemos ter o diferente? Mudar é sempre a melhor opção! Que bom que até o Senhor acha o mesmo!!

Em tempo:

Quando nos sentimos imóveis... Quando o crescimento já não corresponde às expectavivas... A melhor solução tenho que concordar com nosso Bravo Alcaide é “MUDAR”!

Com todo respeito e consideração – Gra Ekermann.







‎@LanaEich: Hoje você têm a oportunidade de fazer as coisas diferentes. Mudemos para melhor, sempre!
Parte superior do formulário

Acessado em 14/07/2012.Parte inferior do formulário

     Pois bem, estamos em período de eleições, e nos são apresentados os seguintes candidatos:


     Da seqüência acima, apresenatada pelo jornal Folha da Cidade, o primeiro é Valdomiro Bereza (do PMDB), o candidato do atual prefeito (Eros Danilo Araújo), e portanto representa a continuidade do trabalho e da filosofia adotada nos últimos oito anos.
     
Todos os outros representam algum tipo de mudança. Vamos a eles:

_O segundo é o atual vice-prefeito Ede Pukanski (do PSDB), partido do atual governador, e representante da extrema direita;

_O terceiro da imagem acima, é o empresário Gibson (do PPS), o qual inicialmente esboçara uma candidatura chapa pura, mas acabou por se coligar com um grupo evangélico;

_O quarto é o conhecido médico Marcio Matos (do PDT), ligado ao representante da bancada ruralista do Paraná Osmar Dias;

_O quinto e último é o popular Dr. Reinaldo do RIDAN (do PT), representante da extrema esquerda.

     Se vai haver alguma mudança em Telêmaco Borba, quem decidirá isso será o eleitor, na data de sete de outubro deste mesmo ano (2012).

     _Agora sejamos franco, mudar pra que gente?
Se formos mudar Telêmaco Borba, que não seja pra muito longe, no máximo ali por perto do Triângulo, pois assim estaríamos mais perto da BR 376 (Rodovia do Café), não estaríamos tão longe para o caso dos trabalhadores que labutam na fábrica da Klabin em Harmonia e ficaríamos mais perto da nova fábrica da mesma Klabin, que ao que tudo indica será em Ortigueira; pois afinal de contas , Telêmaco Borba é ou não é regido pela teoria da "Klabincentrismo".?

quarta-feira, 11 de julho de 2012

e Agor@ CanDiDaTo ?


Qual a real FUNÇÃO
de um VEREADOR?

Novamente em ano de eleições milhares de cidadãos serão candidatos a um cargo eletivo.
Normalmente muito se sabe quais são as funções de um prefeito municipal. Entretanto, poucos, muitas vezes até os próprios candidatos não sabem quais são as funções de um vereador.
Existe a atuação “comum” e “trivial” da vereança que todos sabem: infinitos projetos de lei nominando ou modificando nomes de ruas, praças, escolas, criando datas em homenagem a uma determinada categoria de trabalhadores, santos ou outorgando títulos de cidadão, moções de aplauso ou de repúdio. Muitos vereadores com grande entusiasmo propõem projetos com esse sentido a fim de homenagear concidadãos, amigos, familiares (ético ou não é uma possibilidade inerente ao cargo).


[ . . . ]
Mas qual é a Verdadeira Função do Poder Legislativo Municipal?
Uma rápida leitura da Constituição basta para que saibamos o que os vereadores, em sua atuação devem ou não fazer e que como Candidatos deveriam conhecer para evitar promessas eleitoreiras impossíveis, excêntricas, impraticáveis, estranhas à real função e que ultrapassam (quase sempre) os limites do cargo. Tal conhecimento lhes permitiria agir de forma a realmente honrar o mandato que receberam dos munícipes. Tal conhecimento lhes permitiria, acima de tudo, uma honestidade e retidão quando candidato, em se tratando do que se pode ou não prometer e quiçá, se eleito, cumprir.

Na Constituição são especialmente recomendadas as leituras dos artigos 21, 22, 23, 24, 25, que tratam das competências da União, dos Estados-membros e dos Municípios, e que servem, para o nosso caso, dizer do que o vereador não deve cuidar...


Conhecimento da Constituição Estadual e da Lei Orgânica também são fundamentais.
[ . . . ]       Conhecer o que não é da competência do Município (arts. 21 a 25 da Constituição) é o primeiro passo para que o candidato a vereador não prometa o impossível e extraordinário.
[ . . . ]
O inciso IX do art. 29 estabelece que há proibições e incompatibilidades no exercício da vereança similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa. Esse inciso é também para que os vereadores evitem problemas, daí a razão pela qual é importante o conhecimento do seu teor, reportando ainda aos artigos 54 e 55 da Constituição, e aos artigos respectivos da Constituição Estadual pertinente.
A Constituição limita a função dos vereadores no art. 30, sobre as competências dos Municípios. Seu primeiro inciso diz:
I - Legislar sobre interesse local.
O interesse local é o que diz respeito mais diretamente às necessidades imediatas do município. São os serviços de tradicional prestação pelos Municípios, como transporte coletivo, coleta de lixo, manutenção de vias públicas, fiscalização sanitária, etc. Infelizmente, alguns vereadores, ao invés de se ocupar dos temas que dizem respeito a esses serviços essenciais prestados pelo município, ocupam-se de outras questões que não lhe dizem respeito. É um erro comum em todo o território nacional.


[ . . . ]
Com a atuação Tribunais de Contas dos Estados, infelizmente, muitos vereadores abandonam a função de órgão fiscalizador. Mas essa é a função onde um vereador pode fazer a diferença. A função legislativa, pela própria estrutura federativa brasileira, não lhe deixa muito espaço, como vimos, e a própria dinâmica da aprovação de uma lei faz com que ele sozinho possa não consiga aprovar um projeto. Mas o vereador pode apontar erros e apurar diferenças, furos, superfaturamento nas contas públicas que podem levar a mudanças no Orçamento e à economia dos recursos de todos.
A elaboração e posterior fiscalização das leis orçamentárias dos Municípios deveriam ser também objeto de maior atenção por parte dos vereadores. Se bem acompanhadas elas podem evitar que o Município se comprometa com projetos dispendiosos, ações perdulárias e que pouco benefício trarão à população, bem como evitar a saída desnecessária de dinheiro do erário público.
Hoje em dia há também um fato muito curioso, as Câmaras Municipais de todo o nosso Brasil ao final de um ano legislativo conseguem economizar recursos e devolvem para o Poder Executivo – tomando assim novas funções que então é estabelecer com este resíduo uma benesse pública (mais que justa), mas, vejo por outra ótica, o Poder Legislativo acaba por ter uma função também análoga ao Poder Irmão de execução...


Em tempos de eleição e propostas quem sabe ainda haja tempo de um Edil (vereador) propor um Projeto de Lei impondo ao Município um Sistema mais transparente onde todos nós, Poderes Instituídos e munícipes tenhamos acesso e maior transparência para acompanhar os gastos municipais.
. . .           O art. 182 da Constituição, que trata da Política Urbana traz inúmeras formas de atuação de um vereador consciente:
"A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes"
E o instrumento básico dessa política de desenvolvimento e de expansão urbana é o Plano Diretor, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.
Telêmaco Borba tem o seu, cabe-nos saber se já está sendo implementado e é cabível à nossa realidade... Com o devido acompanhamento do Plano Diretor os vereadores podem auxiliar o Poder Executivo para evitar o crescimento desordenado da cidade – evitar favelamentos e outras degenerações que sejam impruducentes ao Plano Diretor. Os vereadores podem ajudar a garantir seu cumprimento.

. . .           O que se constata, com algum pesar, é que todos os candidatos se preparam para concorrer, e até mesmo perder uma eleição. Faz parte do jogo. Mas poucos se preparam para ganhar a eleição, já que tomam posse sem conhecer os reais limites e as possibilidades do cargo que assumem.
Uma última observação. Infelizmente há ainda que diferenciar a atuação do Vereador da Situação e do Vereador da Oposição. Muitas vezes assistimos a Câmara como uma Arena de conflitos instalada. Enquanto a situação luta para aprovar tudo o que for de interesse partidário do Poder Executivo (independente de ser bom ou não) a oposição luta (quase regra – há exceções, porém) para não aprovar o que for de interesse da situação – “Se hay Gobierno, Soy Contra!  – diz o amigo guerrilheiro Che Guevara...


Enfim, afora termos todos que entender como é programado cada poder e cada nível de poder, principalmente em se tratando, como em tela, do Poder Legislativo Municipal - temos que ter noção do que farão, como farão, porque farão e rezar muito para que depois de eleitos aconteça um milagre - esqueçam as ideologias políticas e se unam em prol da nossa sociedade.

Por Graciane Ekermann
Texto na íntegra disponível em:
Acessado em 11/07/2012.

sábado, 7 de julho de 2012

Respeito ao sono do trabalhador.!


Já esta liberada a propaganda eleitoral.
Lendo o manual das eleições para este ano, o qual contém as LEIS E RESOLUÇÕES PARA AS ELEIÇÕES 2012, disponibilizado pelo próprio TRE-PR (em pdf), me chamou a atenção o Art. 37 em seus parágrafos e incisos abaixo relacionados:
§ 3º O funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som, ressalvada a hipótese contemplada no parágrafo seguinte, somente é permitido entre as oito e as vinte e duas horas, sendo vedados a instalação e o uso daqueles equipamentos em distância inferior a duzentos metros:
I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos militares;
II - dos hospitais e casas de saúde;
III - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.
§ 4º A realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa são permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas.
(Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
http://www.tre-pr.jus.br/internet2/tre/index.jsp
Acessado em 07/07/2012.

O que me chamou a atenção é o fato de que a lei libera o uso de auto-falantes, inclusive amplificados, na parte da manhã. E como muitos dos trabalhadores telemacoborbenses, têm de cumprir jornadas de trabalho em horário noturno, conseqüentemente nesse período matinal, reservam-se o direito de descansar e desfrutar seu merecido sono.
Eu também cumpro escalas de trabalho noturno, e fico “p” da vida quando sou acordado, no meio de uma manhã, geralmente por vendedores com seus frenéticos auto-falantes. E agora ter de agüentar mais os carros de som com propagandas eleitorais?
Então vou pedir educadamente que respeitem meu merecido descanso. A idéia é imprimir e colocar em algum ponto de minha casa, com vista pra rua, a figura abaixo:


http://vejacomoquiser.blogspot.com.br/2010/08/lei-do-silencio.html
Acessado em 07/07/2012.

Com o seguinte recado:

SILÊNCIO POR FAVOR, NESTA CASA TEM ALGUÉM, QUE TRABALHOU A NOITE TODA, E QUE AGORA PRECISA DESCANSAR.

“Muito possivelmente, pouquíssimo adiantará;
E minha vingança qual será?
Do vendedor não vou nada comprar;
E em candidato que me acordar;
Também não vou votar!”

_Se alguém se interessar pela idéia, fica-te à vontade, pode por exemplo, copiar e colar no word, a figura e o “recado”, imprimi-los do tamanho que quiser, e usá-los com a mesma finalidade, com a qual usarei.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

inDependence Day...?



O zurro desnacionalizante

Em todos os setores onde as multinacionais passaram a ser predominantes, foram eliminados, ou espremidos violentamente, os elos da cadeia produtiva que fabricavam bens intermediários para a própria indústria. E sem indústria de componentes, bens intermediários, é inútil falar em inovação tecnológica ou salto de competitividade
CARLOS LOPES
       Este artigo já estava pronto quando acabamos de ler o relatório da consultoria norte-americana Price Waterhouse (PW) sobre as "fusões e aquisições" no Brasil, correspondente ao mês de abril. Por alguma razão, que não precisamos aventar, os relatórios dessa consultoria são bem menos precisos que os da consultoria holandesa KPMG – que são trimestrais – utilizados em artigo recente (ver HP, 25/04/2012 e, sobretudo, a errata publicada na edição de 09/05/2012).
       É um pouco triste ter que recorrer a relatórios de consultorias holandesas ou norte-americanas para saber a situação da economia brasileira. No entanto, assim é a vida. Um dia – esperemos que brevemente – o Estado brasileiro poderá fornecer tais informações. Portanto, continuemos.
[ . . . ]
       Em suma, leitor, encontramos o seguinte:
Dia 01/06:
- A CTF, maior empresa nacional de cartões de combustíveis, foi comprada pela norte-americana FleetCor Technologies.
- A SLC, uma das maiores companhias brasileiras no ramo da agroindústria, foi comprada pelo Valiance Asset Management Limited, com sede na Inglaterra.
- A empresa mineira Senergy foi comprada pela alemã Siemens.
- A Meizler Biopharma, empresa brasileira farmacêutica, foi comprada pela multinacional belga UCB.
- A Netshoes, de artigos esportivos, passou a ser controlada pela Temasek, de Singapura.
Dia 04/06:
- A Siac, de Minas Gerais - que produz cabines, toldos e plataformas para máquinas de movimentação de terra, agrícolas, florestais e mineração – foi comprada pela International Equipment Solutions, pertencente ao fundo KPS Capital Partners, dos EUA.
- A SFDK, empresa nacional de análise de produtos alimentícios, foi comprada pela TUEV SUED, da Alemanha.
- 40% da BSM Engenharia, fornecedora da Petrobrás, foi comprada pelo Acon Investment, dos EUA.
- A Flores Online, cujo nome dispensa apresentações, teve 32,5% do capital comprado pela  1-800-flowers .com, dos EUA.
Dia 05/06:
- A XPRO, empresa nacional de equipamentos médicos (em especial, Raio-X), foi comprada pela GE.
- A divisão de catalisadores da Oxiteno, empresa do grupo Ultra, foi vendida para a suíça Clariant (a fusão da Sandoz com a Hoechst).
Dia 06/06:
- A Yoggi, aquela do iogurte, foi comprada pela BFFC (EUA).
Dia 08/06:
- A Manager Systems (apesar do nome, uma empresa nacional de software médico) foi comprada pela 7 Medical Systems (EUA).
Dia 11/06:
- A Crivo, da área de tecnologia da informação (TI), foi adquirida pelo TransUnion, formado pelo Goldman Sachs Capital Partners e pelo Advent International.
- A rede de restaurantes Batata Inglesa e suas empresas (Marcas Comestíveis, Orange Fantasy e Squadro Lanchonetes) são adquiridas pela International Meal Company (IMC), dos EUA.
- A Taterka, uma agência de publicidade brasileira, é adquirida pelo Publicis Groupe, da França.
Dia 17/06:
- A Itaforte BioProdutos, que produz defensivos biológicos para a agricultura, foi comprada pela Koppert Biological Systems, com sede na Holanda.
Bem, leitor, nós paramos por aqui.
INTERESSE
       . . . O sr. Eike é o único empresário supostamente brasileiro que sempre consegue se associar a empresas estrangeiras com estas em minoria. Como ele também negocia ações, na Bolsa, de empresas que não estão funcionando – e ainda consegue que o BNDES lhe financie – pode ser outro milagre empresarial...
       . . . "o interesse do investidor estrangeiro [em comprar empresas] no País tem aumentado frente às incertezas encontradas nos mercados internacionais e deve aumentar nos próximos meses" . . .
       Se continuarmos desse jeito, restarão muito poucas empresas nacionais no mercado interno, se é que restará alguma. Existe gente – por exemplo, o atual ministro da Fazenda - que não acha isso ruim. O problema, portanto, é: quais seriam as consequências disso? Mais precisamente: quais estão sendo as consequências? Aqui, nos deteremos, basicamente, sobre o desenvolvimento tecnológico, em tentativa de atender ao chamamento da presidente Dilma, que declarou, no último dia 4, na recepção ao rei da Espanha: "O Brasil está se preparando para um salto de competitividade em sua economia. Para isso é necessário um desenvolvimento acelerado de nossas capacidades científicas e tecnológicas".
CAPACITAÇÃO
       A invasão das multinacionais – isto é, a aquisição em massa de empresas nacionais por dinheiro estrangeiro - implica, necessariamente, em desindustrialização do país, na medida em que devasta a indústria de componentes e bens intermediários. O exemplo mais evidente é a indústria eletrônica, que teve a fabricação de componentes liquidada no governo Fernando Henrique Cardoso – a fabricação foi substituída pela importação.
     . . . Que grande inovação tecnológica pode haver na montagem de componentes importados?       [ . . . ]    As multinacionais monopolizam o desenvolvimento tecnológico (a P&D – pesquisa e desenvolvimento) e o concentram no país onde se localiza a matriz. Esse é exatamente o conteúdo do "pós-industrialismo" e da "economia de serviços", ideologia predominante na direção dos monopólios norte-americanos: transferir unidades produtivas para países com mão de obra mais barata e centralizar na matriz as atividades e gastos com P&D . . . Por isso, a desnacionalização da economia – e, em especial, a desnacionalização da indústria – implica, necessariamente, em estagnação e atraso tecnológico.
       Um trabalho recente sobre a relação entre "investimento direto estrangeiro" (IDE) e desenvolvimento tecnológico faz a seguinte consideração, resumindo as conclusões da economista norte-americana Alice H. Amsden:
       ... se um país em desenvolvimento pretende superar seu atraso tecnológico, a atração de empresas multinacionais não seria o melhor caminho a ser buscado, dado que a internacionalização tecnológica ocorre em montante limitado, e direciona-se especialmente a processos pouco inovadores. Mesmo considerando que as subsidiárias investem em aprendizado local para adaptar os produtos às preferências dos consumidores locais, o desenvolvimento completo de um novo produto ou processo próximo à fronteira mundial é praticamente inexistente ...
       A autora acrescenta a seguinte nota:
       Freeman (1987), apud Cassiolato (1992), enfatiza que a transferência tecnológica via subsidiárias, como a importação de turnkey plants elaboradas e implementadas por estrangeiros, não resulta em um processo intenso de acumulação tecnológica na empresa ou país receptor, que teria uma atuação passiva. O autor compara esses métodos com a política japonesa de rejeitar investimento estrangeiro e colocar a responsabilidade total na firma doméstica pela assimilação e aprimoramento da tecnologia importada, o que levou o Japão a se tornar uma potência tecnológica.
[ . . . ]    Notavelmente – embora não inesperadamente – em todos os setores onde foi maior o "esforço tecnológico", tal se deveu à iniciativa nacional, pública ou privada.       [ . . . ]
       Menos conhecido é o caso da indústria de "madeira, celulose e papel":
... a positiva performance tecnológica está diretamente relacionada ao fortalecimento da indústria nacional de celulose fibra curta de eucalipto, que vem apresentando crescente capacidade competitiva. (...) esse resultado reflete investimentos históricos realizados pelo setor. Já no início dos anos 50, técnicos da S.A. Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo inovaram ao conseguir produzir papel para escrever com celulose de eucalipto . . . Durante o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) foi formulado o Primeiro Programa Nacional de Papel e Celulose (I PNPC), em 1974. Nesse momento, ganha impulso a pesquisa voltada a aprimorar a tecnologia florestal. As grandes empresas de celulose passam a investir no melhoramento genético que resultou, nos anos 90, na maior produtividade florestal do mundo.
Durante anos, houve quem propagandeasse, em nosso país, que a empresa nacional – especialmente a empresa industrial nacional – era desnecessária. E todas as vezes em que tal estupidez prevaleceu, não fizemos mais do que regredir

       Se os avanços tecnológicos brasileiros nas áreas do petróleo, aeronaves, madeira, celulose e papel evidenciam que quanto menor o controle estrangeiro sobre determinado setor da economia, maior o "esforço tecnológico" (=gastos com P&D/valor da produção X 100), a recíproca mostrou-se verdadeira. Quanto mais desnacionalizado um setor, menor o "esforço tecnológico" - inclusive quanto aos gastos com P&D das próprias filiais de multinacionais.
[ . . . ]
CONHECIMENTO
       Alguns leitores, já convencidos há muito – afinal, não é uma descoberta nova - de que a invasão do país por filiais de multinacionais é um atraso de vida, pior ainda quando se dá pela compra em massa e desnacionalização de empresas nacionais, podem estranhar a forma como estamos repisando argumentos e citando trabalhos – sobretudo empíricos – mais recentes.
       No entanto, se há um campo do conhecimento especialmente sujeito à luta política e ideológica, este é a economia (o que se chamava, com mais exatidão, "economia política"). Freqüentemente, em novas situações (ou nem tão novas, quanto à essência) é necessário provar que determinadas verdades continuam verdadeiras – ou não.
       Por exemplo, vejamos o seguinte trecho de um artigo que saiu na imprensa no último dia 15:  Só até o mês de maio, mais de 10 grandes empresas brasileiras foram compradas por grupos internacionais. Carlos Alberto Milani, economista do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), afirma que este fenômeno tem efeito positivo na economia brasileira. ‘É dinheiro estrangeiro entrando no país que culmina não apenas em futuros projetos que serão feitos pelos empresários que venderam seus negócios como também em tecnologia e investimento de ponta – ainda não disponível no país – que vêm de fora’, explica.
[ . . . ]
MERCADO
       Durante anos, houve quem propagandeasse, em nosso país, que a empresa nacional – especialmente a empresa industrial nacional – era desnecessária. E todas as vezes em que tal estupidez – o leitor há de convir: esse zurro antinacional – prevaleceu, não fizemos mais do que regredir.
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       A reversão desse quadro é uma questão política. Alguém já disse que se trata de escolher que desenvolvimento nós queremos. Entretanto, antes, trata-se de escolher se queremos ter desenvolvimento. Um dos trabalhos que mencionamos, termina com algumas palavras de Celso Furtado, que reproduzimos – expandindo um pouco a citação:
A miragem de um mundo comportando-se dentro das mesmas regras ditadas por um super-FMI existe apenas na imaginação de certas pessoas. (…) A idéia de que o mundo tende a se homogeneizar decorre da aceitação acrítica de teses economicistas. (…) a distribuição da renda nos planos nacional e internacional é assunto regido predominantemente por fatores políticos. (…) Nossa política econômica deveria adotar como objetivo estratégico o crescimento do mercado interno, o que significa privilegiar os interesses da população (Celso Furtado, O Capitalismo Global, Paz e Terra, 1998).


* Carlos Lopes é primeiro vice-presidente do PPL
http://www.partidopatrialivre.org.br/ - Acessado em 29/06/2012.

_Quem quiser uma leitura complementar (acessada em 03/072012) pode conferir no link abaixo:
Brasil cai para 58º em ranking de países mais inovadores