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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

MILÍCIAS - Ascensão como poder paralelo no Brasil...

        Da tentativa de melhor compreender o tema "milícias", dos mais de 30 (trinta) trabalhos lidos (artigos, dissertações/teses e notícias sobre), dos recortes publicados aqui no blog; conforme consta na décima primeira postagem da série - trazendo link para as 10 primeiras:

11o - MILÍCIAS - Coerção e capital: 'Coerção ' através de discursos de guerra às drogas ' ... (as) milícias ' se apropriam d'o Estado (ARLINDO2020);

        Abaixo, o link para a decima segunda postagem:

12o - MILÍCIAS cariocas - Relatório ALERJ: 'Através de ' influência política, ' representante (s) ' reforçam os ' discursos de guerra às drogas ' (e) ' (as) milícias ' (vão) se "apropriando" d'o Estado (ARLINDO2020);

        Abaixo, o link para a antepenúltima postagem:

13o - MILÍCIAS - Contexto históricoAs milícias originaram de uma necessidade de defesa. Foram usadas para chacinas, pela Igreja Católica na Idade Média e pela Ditadura Brasileira em pleno XX, e, atualmente, a quem servem?, para que servem???;

        Abaixo, o link para a penúltima postagem:

14o - MILÍCIAS - Contemporaneidade "moderna"As milícias (mal) ditas "modernas" se apropriam do espaço carioca, a partir da experiência (mal) dita (bem) sucedida de Rio das Pedras, espalham-se pelo espaço fluminense, e, lançam seus tentáculos brasil afora...;

        Assim, chegamos até aqui para poder fazer registradas nossas percepções, bem delineadas no seguinte recorte abaixo, sobre:

Milícias: sua origem e ascensão como poder paralelo no Brasil

Os primeiros grupos de milícias formados por policiais militares e outros agentes de segurança pública que se têm registro no Brasil, foram criados durante a ditadura militar ... A história de como essas organizações surgiram e se tornaram uma força que domina o Rio de Janeiro é contada no livro “República das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonarista”, de Bruno Paes Manso, jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP...

'Em 1993, um crime que ganhou repercussão internacional explicitou o problema. 'Oito jovens foram assassinados por policiais enquanto dormiam do lado de fora de uma igreja no centro do Rio. Foi a chacina da Candelária.

(...)

Uma pesquisa recém-divulgada revela que a milícia e o tráfico estão presentes em 96 dos 163 bairros da capital carioca. Os dados foram organizados pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF), datalab Fogo Cruzado, Núcleo de Estudos da Violência da USP, plataforma digital Pista News e o Disque-Denúncia.

... Aproximadamente 2,2 milhões de pessoas vivem nesses locais subjugados...

(...)

Um dos fatores ' que ... dificultam o seu combate é o apoio que ' recebem de setores da política. “O grupo mais perigoso, principalmente para a nossa democracia e para as instituições, são os paramilitares. Eles têm capacidade de infiltração nos três Poderes (...) muito maior do qualquer outra facção”, afirma MANSO.

... Adriano Magalhães da Nóbrega ' ex-policial foi citado na investigação que apura o esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio (BOLSONARO) e ficou foragido até ser morto ' na Bahia no início deste ano (inserção e grifo nosso).

( ... )

De acordo com 'o Disque-Denúncia, as milícias e o tráfico ' influenciam a campanha eleitoral em 14 cidades do Rio '. Há relatos, ' de desvios de materiais de ' adversários para garantir mais votos ' a nomes ligados (a) essas organizações. Alguns casos chegam à morte.

“O voto é secreto, mas as milícias intimidam o surgimento ' de discursos alternativos. Para sair como candidato nos territórios dominados ', você não pode prometer que vai acabar com a tirania deles”, afirma MANSO.

Conhecida por suas críticas ao domínio das milícias nas comunidades cariocas, a vereadora do Rio Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados em março de 2018. As investigações, ainda em aberto, apontam para o envolvimento de vários ex-militares milicianos no crime.

O filme “Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é outro” (2010), ' tornou conhecida a história dos inúmeros desafios enfrentados por Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, ao tentar acabar com o poder de milicianos e políticos corruptos no Rio de Janeiro. Em um dos discursos mais famosos feitos pelo personagem, ele revela a dificuldade de combater a influência desses grupos, que alimentam financeiramente as milícias nos morros:

O sistema é muito maior do que eu pensava. Não é à toa que os traficantes, os policiais e milicianos matam tanta gente nas favelas. Não é à toa que existem as favelas. Não é à toa que acontece tanto escândalo em Brasília. Entra governo, sai governo, e a corrupção continua. Para mudar as coisas, vai demorar muito tempo. O sistema é foda. Ainda vai morrer muito inocente.

Após ' combater ' o tráfico de drogas e transformar o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em uma instituição reconhecida, Capitão Nascimento percebe que os verdadeiros inimigos estão em outros lugares.

 

fonte: bol.uol.com.br



STARLLES, Wender. Milícias: Sua origem e ascensão como poder paralelo no Brasil. Guia do Estudante, 2020. Disponível em: guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/milicias-sua-origem-e-ascensao-como-poder-paralelo-no-brasil/. Acesso em: 02 de novembro de 2022.



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