Da tentativa de melhor compreender o tema "milícias", dos mais de 30 (trinta) trabalhos lidos (artigos, dissertações/teses e notícias sobre), dos recortes publicados aqui no blog; conforme consta na décima primeira postagem da série - trazendo link para as 10 primeiras:
11o - MILÍCIAS - Coerção e capital: 'Coerção ' através de discursos de guerra às drogas ' ... (as) milícias ' se apropriam d'o Estado (ARLINDO; 2020);
Abaixo, o link para a decima segunda postagem:
12o - MILÍCIAS cariocas - Relatório ALERJ: 'Através de ' influência política, ' representante (s) ' reforçam os ' discursos de guerra às drogas ' (e) ' (as) milícias ' (vão) se "apropriando" d'o Estado (ARLINDO; 2020);
Abaixo, o link para a antepenúltima postagem:
13o - MILÍCIAS - Contexto histórico: As milícias originaram de uma necessidade de defesa. Foram usadas para chacinas, pela Igreja Católica na Idade Média e pela Ditadura Brasileira em pleno XX, e, atualmente, a quem servem?, para que servem???;
Abaixo, o link para a penúltima postagem:
14o - MILÍCIAS - Contemporaneidade "moderna": As milícias (mal) ditas "modernas" se apropriam do espaço carioca, a partir da experiência (mal) dita (bem) sucedida de Rio das Pedras, espalham-se pelo espaço fluminense, e, lançam seus tentáculos brasil afora...;
Assim, chegamos até aqui para poder fazer registradas nossas percepções, bem delineadas no seguinte recorte abaixo, sobre:
Milícias: sua origem e ascensão como poder paralelo no Brasil
Os
primeiros grupos de milícias formados por policiais militares e outros agentes
de segurança pública que se têm registro no Brasil, foram criados durante a
ditadura militar ... A história de como essas organizações surgiram e se
tornaram uma força que domina o Rio de Janeiro é contada no livro “República
das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonarista”, de Bruno Paes Manso,
jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP...
'Em
1993, um crime que ganhou repercussão internacional explicitou o problema. 'Oito
jovens foram assassinados por policiais enquanto dormiam do lado de fora de uma
igreja no centro do Rio. Foi a chacina da Candelária.
(...)
Uma
pesquisa recém-divulgada revela que a milícia e o tráfico estão presentes em 96
dos 163 bairros da capital carioca. Os dados foram organizados pelo Grupo de
Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF), datalab Fogo Cruzado, Núcleo de
Estudos da Violência da USP, plataforma digital Pista News e o Disque-Denúncia.
...
Aproximadamente 2,2 milhões de pessoas vivem nesses locais subjugados...
(...)
Um dos
fatores ' que ... dificultam o seu combate é o apoio que ' recebem de setores
da política. “O grupo mais perigoso,
principalmente para a nossa democracia e para as instituições, são os
paramilitares. Eles têm capacidade de infiltração nos três Poderes (...) muito maior do qualquer outra facção”,
afirma MANSO.
... Adriano
Magalhães da Nóbrega ' ex-policial foi citado na investigação que apura o
esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio (BOLSONARO) e ficou foragido até ser morto ' na Bahia no início
deste ano (inserção e grifo nosso).
( ... )
De acordo com 'o Disque-Denúncia, as
milícias e o tráfico ' influenciam a campanha eleitoral em 14 cidades do Rio '.
Há relatos, ' de desvios de materiais de ' adversários para garantir mais votos
' a nomes ligados (a) essas organizações. Alguns casos chegam
à morte.
“O voto
é secreto, mas as milícias intimidam o surgimento ' de discursos alternativos.
Para sair como candidato nos territórios dominados ', você não pode prometer
que vai acabar com a tirania deles”, afirma MANSO.
Conhecida
por suas críticas ao domínio das milícias nas comunidades cariocas, a vereadora
do Rio Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados em
março de 2018. As investigações, ainda em aberto, apontam para o envolvimento
de vários ex-militares milicianos no crime.
O filme
“Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é outro” (2010), ' tornou conhecida a
história dos inúmeros desafios enfrentados por Capitão Nascimento, interpretado
por Wagner Moura, ao tentar acabar com o poder de milicianos e políticos
corruptos no Rio de Janeiro. Em um dos discursos mais famosos feitos pelo
personagem, ele revela a dificuldade de combater a influência desses grupos,
que alimentam financeiramente as milícias nos morros:
O sistema
é muito maior do que eu pensava. Não é à toa que os traficantes, os policiais e
milicianos matam tanta gente nas favelas. Não é à toa que existem as favelas.
Não é à toa que acontece tanto escândalo em Brasília. Entra governo, sai
governo, e a corrupção continua. Para mudar as coisas, vai demorar muito tempo.
O sistema é foda. Ainda vai morrer muito inocente.
Após '
combater ' o tráfico de drogas e transformar o Batalhão de Operações Policiais
Especiais (Bope) em uma instituição reconhecida, Capitão Nascimento percebe que
os verdadeiros inimigos estão em outros lugares.
fonte: bol.uol.com.br |
STARLLES, Wender. Milícias: Sua origem e ascensão como poder paralelo no Brasil. Guia do Estudante, 2020. Disponível em: guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/milicias-sua-origem-e-ascensao-como-poder-paralelo-no-brasil/. Acesso em: 02 de novembro de 2022.
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