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terça-feira, 1 de maio de 2018

O trabalho danifica o homem

by Zé Mané Burraldo - página no facebook

     Eu já acreditei no lema capitalista (exploratório) de que "O trabalho dignifica o homem"; principalmente quando jovem.
     Depois (já adulto e através da literatura), descobri que se tratava de uma estratégia promovida pelo empresariado burguês europeu, na época da "emergente" revolução industrial, como meio de combater a mendigagem e forma de conseguir mão de obra barata - unindo o útil ao agradável. E tudo isso com as "bençãos" da Igreja Católica, a qual dominava o quesito religiosidade à época.

     Mesmo perdendo a "inocência", talvez como resultado da influência já sofrida, o fato é que eu sempre gostei e continuei gostando de trabalhar.

     Até que, mais recentemente, já me tornando um "quarentão", comecei a simpatizar com a "vadiagem". Mas, deixo claro aqui que não se trata de ociosidade pura em sua essência. E sim, de aproveitar melhor a vida e ter mais tempo para a família, amigos, para viagens, etc.
     E se não podemos abdicar totalmente do trabalho, que o façamos de forma livre e espontânea. Bater cartão, bater metas, bater recordes de produção, são coisas que não me "convencem mais". A quem interessa acumular capital? - não é a mim.

     O que eu quero e desejo para o resto da minha vida é:
  • Mais tempo para ler;
  • Mais tempo para aprender;
  • Mais tempo para viajar;
  • Mais tempo para conhecer;
  • Mais tempo para me autoconhecer;
  • Mais tempo para escrever;
  • Mais tempo para compartilhar pelo menos um pouco do que aprendi;
  • Mais tempo para ser feliz;
  • Mais tempo para ser um eterno aprendiz;
  • Mais tempo para conviver; e
  • Menos tempo para trabalhar.
     Afinal, viver já dá bastante trabalho.
     Então, feliz dia do "trabalhadô" a todos os viventes.

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