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terça-feira, 8 de março de 2022

Jovens "tentáculos" na "Rota dos Tropeiros" (2022)


        O projeto Zumbi, entre outras ações, previa uma viagem cultural com jovens participantes do mesmo (conforme LINK acima).

        Então, na data proposta, partiu-se com os mesmos e alguns convidados e/ou responsáveis.

        Aqui, ao invés de um simples relato da viagem, gostaríamos de trazer algumas considerações em relação aos pontos estipulados em roteiro para a viagem...

        Para começar, gostaríamos de relatar que Telêmaco Borba (assim como tanta outras cidades), nunca fez parte da "rota dos tropeiros". Pelo menos não dá original. No máximo fora um "braço" de ligação para com a mesma - a "inserção" na famosa rota se deve em função de manobras comerciais e/ou turísticas.
        O diamante teve papel importante na história do local já que os principais garimpos do século XX foram trabalhados neste território (Liccardo & Piekarz, 2017; p. 189) uma corrida "tardia" atrás do ouro do Tibagi.

        O mapa abaixo nos permite "visualizar" essa situação e o quanto Telêmaco ficava fora da rota original dos famosos aventureiros:
Fonte: retirada da Obra referenciada ao final


        Da mesma obra trazemos abaixo a belíssima e histórica imagem, que tão bem "reproduz" e representa como se dava a aventura das "tropeadas":
Fonte ao final
Imagem original em gravura do século XIX, de Maximilian Wied-Neuwied

        Então, sigamos trazendo algumas considerações (lidas, ouvidas e/ou experienciadas) de fatos marcantes relativos aos pontos visitados durante o passeio:

  1. TIBAGI (Terra do diamante) - A querida cidadezinha de Tibagi não integrara a rota original dos tropeiros. Tibagi (à época) era a terra dos diamantes, e, no máximo, fora um braço da famosa rota. Relatos familiares dão conta de que meu falecido avô materno tenha participado dessa "braço", indo de Tibagi a Castro levando algumas mercadorias e trazendo outras, fazendo uso de tropas, mas, sem acompanhar a grande rota.
    O primeiro diamante encontrado em Tibagi fora registrado em 1.754 por Ângelo Pedroso de Lima -
    dando início à corrida atrás do ouro de Tibagi (Liccardo & Piekarz, 2017; p. 167).
    Atualmente, Tibagi é rota do turismo de aventura (
    rural)!
    E é sempre um prazer visitar e revisitar Tibagi (
    a exemplo deste passeio com jovens e convidados):



  2. CASTRO (Museu do Tropeiro) - Conhecida como "cidade 'mãe' do Paraná", Castro SIM fez parte da original rota dos tropeiros. E assim formou-se povoado (o primeiro do Paraná - por isso a "alcunha"). As tropas que posavam às margens do Rio Iapó fizeram surgir a cidade. Ainda que em registros oficiais, como Município politicamente emancipado, seja a quarta mais velha, em termos de povoado, a então Vila de Castro fora a primeira em território paranaense.
    O mais emblemático dos pousos e acampamentos de tropeiros que se transformaria em vila e cidade foi o pouso do Iapó, depois freguesia de Sant'Ana do Iapó e, finalmente, Castro ' O museu do tropeiro ' é um dos melhores do Brasil nesta temática e preserva a história do tropeirismo (Liccardo & Piekarz, 2017; p. 157) - para a posteridade...
    Foi outro prazer poder visita-lo/revisita-lo, e trazer
     jovens e convidados a conhece-lo:



  3. CARAMBEÍ (Moinho de Trigo) - Município mais novo entre os visitados (somente em 1995 ' se fora emancipado), à época das tropeadas não existia sequer sob a forma de povoado. Em 1911, a empresa ferroviária Brazil Railway Company adquiriu a área ' para fins de colonização européia e o local começou a receber imigrantes holandeses (Liccardo & Piekarz, 2017; p. 154) - possui um exemplar modelo de "Moinho de Trigo" tão tradicional entre a mesma.
    Mais um prazer visita-lo/revisita-lo. Onde se pode saborear a famosa "torta holandesa", e não poderíamos privar nossos jovens e convidados dessa oportunidade:

  4. PONTA GROSSA (Mansão Vila Hilda) - O nome Ponta Grossa se deve a um capão de mato que recobria uma grande colina, visível a grande distância ... bastante marcante na região central da cidade ... (onde) nos dizeres dos tropeiros, chegava-se ao "Capão de Ponta Grossa" (Liccardo & Piekarz, 2017; p. 126).
    Usufruindo da rota dos tropeiros, aproveitamos para conhecer a famosa Mansão Vila Hilda em PG. Famosa pelo causo de assombração (causos 
    de assombração era algo comum também na época dos tropeiros)!





        Quem queira conhecer um pouquinho melhor a história "mal assombrada" da Mansão Vila em PG, clique AQUI.

        Conquanto, aproveitou-se para passear no Shopping (Palladium):



        Por fim, tchau para vocês que eu vou dar uma voltinha na Kombe personalizada da #CulturaPG:



A exceção das duas primeiras, as demais imagens são de acervo pessoal!


Material de apoio:

LICARDO; A. PIEKARZ; G. F. Tropeirismo e geodiversidade no Paraná. Ed. Estúdio Texto (2017) - Ponta Grossa / PR.



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