Páginas

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Nando Reis em TB - na "Casa da Cultura"

Reinauguração anfiteatro da "Casa da Cultura" de TB

O palco está vazio, apagam as luzes, fecham as cortinas, mas isso não aconteceu. Os músicos não morrem, ficam sempre o reconhecimento dos acordes vivos em nossos corações. Neste palco já teve música, dança, teatro, formatura, posses de prefeitos, e quis hoje que homenageasse o Sirinho, um homem que foi tão importante para a Cultura do nosso município” - foram as palavras de Lúcio de Castro Ribas, irmão de Sírio de Castro Ribas Júnior - homenageado da noite.

        Palavras que me fizeram ir além da perda do nosso grande maestro.
    Palavras que me fizeram lembrar esse momento de pandemia que tristemente atravessamos. Que me fizeram não menos triste recordar o momento de desprezo pela arte e cultura que atravessamos.

        Sim, o nosso maestro se foi. Sim, as luzes se mantiveram apagadas. Mas, até em forma de resistência elas estão voltando - e assim, pudemos render essa homenagem.

Fonte: site PMTB (link ao final)

















E como bem disse o poeta:
E o que os olhos não veem
O coração pressente,
Mesmo na saudade
Você não está ausente

O maestro se afastou e a pandemia nos afastou:
Estava tão longe, num outro lugar,
Trancado, distante, na esfera lunar,
Na superfície ou no deserto, no asfalto
Ou no avião, na prateleira de um
Deposito, na cordilheira de um vulcão

O momento nos afastou da arte e da cultura:
Eu trabalhava sem me distrair
Às vezes acho que não vai dar pé
Eu queria fugir
Mas onde eu estiver
Eu sei muito bem o que ele quis dizer
Meu pai eu me lembro
Não me deixa esquecer

Mas a pandemia não me levou à loucura:
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!

Só otimizou com que eu me mantivesse em meus particulares devaneios:
Entenda ou não entendo nada
Estendo a mão sem dar um beijo
Escrevo as última palavras
Enfrento ou finjo que não vejo

Ser um pouquinho mais entendido é tudo que anseio:
Ainda lembro que eu estava lendo,
Só pra saber o que você achou
Dos versos que eu fiz
E ainda espero resposta

Sabendo esperar meu momento sem pudor e sem receio:
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino
Viver é uma arte, é um ofício
Só que é preciso cuidado

E ciente de que talvez eu não tenha razão:

Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora e vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação


        Explicação que Reis talvez tenha encontrado em Sebastião, tanto quanto em seus outros filhos, ainda que sem o estribilho:
Fonte: site PMTB (link ao final)

















        Deixando a saudade de lado, esquecendo o momento de retração, ignorando a perseguição, dos desalmados, posto-me esperançoso e mantenho-me na luta, sigo minha labuta. Confiante de que a arte e a cultura se sobressairão à tortura. Fico na torcida para que tenhamos mais momentos como esse:



Mesmo porque:
O amor é o calor que aquece a alma
O amor tem sabor pra quem bebe a sua água

E o amor vai vencer!


Discografia de Nando Reis:
https://www.vagalume.com.br/nando-reis/discografia/ - Acessado em 16/12/2021.

Divulgação no site da PMTB com a homenagem a Sirinho:
http://www.telemacoborba.pr.gov.br/imprensa/noticias/smcer/cultura/15674-show-com-nando-reis-marca-a-inauguracao-do-teatro-maestro-sirinho.html - Acessado em 16-12-2021.

Homenagem a Sirinho aqui no blog como "talento da terra" 2016:
https://amartb.blogspot.com/2016/12/talento-da-terra-v.html - publicado em 10/12/2016, acessado e conferido nesta data de 16/12/2021.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço as eventuais colaborações!