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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

D-Arte Londrina divulga Zumbi (l)

        A revista eletrônica e interativa de arte e cultura "D-Arte" (de Londrina / PR), em seu n° 18, de julho de 2021 (ano 2), conforme imagem da capa abaixo:
Fonte da imagem e endereço eletrônico da Revista:
https://dartelondrina.files.wordpress.com/2021/08/revista_d_arte_18-1.pdf


        Trouxe em sua página 73 uma divulgação de nossa obra (ZUMBI I: O "Script inicial"), conforme também se percebe abaixo:

Foonte da imagem e de informações sobre a obra:
https://amartb.blogspot.com/2020/12/zumbi-l-lancamento.html

        Agradecemos de coração toda e qualquer colaboração no sentido de divulgar nosso trabalho!

        Folheando a revista eletronicamente, neste momento, resolvemos destacar/compartilhar a seguinte reflexão:

Novo Normal

        Agora que chegamos nas (possíveis) retas finais dessa situação toda, estamos quase totalmente adaptados nisso que insistem em chamar de “novo normal”.

        Normal por que a vida, de certa forma, continua a mesma – Nos terminais e estações de metrô por aí as formigas continuam caminhando aos montes. Cegas e esbarrando umas nas outras como sempre. Se deslocando quilômetros e desviando de coturnos e mocassins, tentando chegar em suas casas ainda com vida, e com uma ou outra folhinha deixada de migalha por alguém.

        A grande novidade porem é que, além das formigas agora usarem mascaras, elas também precisam se preocupar não só com coturnos e mocassins, mas também com esse vírus menor do que elas próprias, se deitando confortavelmente por cima dos formigueiros, com o aval dos dedetizadores que compreenderam que o extermínio é muito mais fácil quando o veneno é concentrado em algum lugar com muitos pulmões pra pouco ar.

        Mas seria ingratidão não reconhecer aqueles que tentaram nos ajudar.

        Aqui em São Paulo por exemplo, diversas medidas foram tomadas. Por exemplo manter apenas estabelecimentos de extrema importância abertos. Sendo assim fecharam entre outras coisas restaurantes, cinemas e teatros. É claro que nós, plebeus, nunca tínhamos tempo nem dinheiro pra ir nesses locais, ao menos com frequência, mas sempre é bom garantir.

        Já esses tais que ficam cuidando dos estabelecimentos essenciais também foram abençoados com a benevolência lá de cima. Alem dos auxílios, vieram também algumas medidas, como a mudança no rodizio de carros, o que transformou diversos motoristas em passageiros, que para não recorrerem ao desemprego tiveram que mergulhar debaixo dos mares de axilas e contaminação partilhada – sem direito a janelas.

        E é nesse rodizio de ar do transporte “público”, no trajeto entre periferia e centro que muitos precisaram dar o sinal e descer. Nesse momento exato, pouco mais de 516 mil. Mas ainda não estou certo se isso é novidade ou apenas uma remodelação.

        Como eu já disse, muito mais fácil matar as formigas de uma vez, do que lhes tirar o alimento, a moradia, a aposentadoria, a educação e deixar que elas se matem entre elas. Afinal, estamos todos no mesmo trem, mas uns com distanciamento na primeira classe, uns pendurados no teto, e outros amarrados nos trilhos.

        No fim, desejo que aqueles que se foram possam desfrutar de uma enorme paz. Já aos que ficam, preparem-se. Agora vamos encarar o novo normal, mesmo que por aqui ninguém nem tenha chegado a conhecer o velho.

Davi Lírio


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