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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Tenho sangrado demais... mas ' não morro (+)

     Já em 2017 eu previra o que viria pela frente, comentara com as pessoas mais próximas.
     Não era difícil de imaginar que o ano político de 2018 traria "desconfortos". Haja vista o discurso de ódio que se apresentara como "salvador da Pátria". O discurso de ódio à comunidade afrodescendente, de ódio ao grupo "LGBT" e seus congêneres, o discurso diminuto em relação ao sexo feminino, e, principalmente raivoso no que se refere aos seus rivais políticos.

     Então, seguiu-se 2018 como imaginara!
     Levamos "bordoadas" de pessoas que jamais esperamos, pessoas que nunca imaginamos se portaram de forma truculenta.
     Doeu, "sangramos" no subconsciente, abriu-se feridas subliminares.
     Não foi fácil, mas, SOBREVIVEMOS!

     Então veio 2019, e aos poucos fomos nos recompondo. As feridas foram cicatrizando. Finalizamos o ano cantando Belchior:


     Presentemente eu já posso dizer: "Doeu, mas, não dói mais"!
     Não dói mais do que deveria doer, à época da dor em si.
     Afinal, dói sermos agredidos/ofendidos por pessoas próximas, pessoas a quem queremos bem. Mas, não deveria doer tanto. Com o passar do tempo e uma análise de cabeça fria, percebe-se a verdadeira causa da dor. Não foram as formas pejorativas com que nos trataram, não foram as ofensas que eventualmente nos tenham sido proferidas, entre outras situações... O que doeu de verdade, foi ver pessoas queridas se identificando, e pior, defendendo, ou pior ainda, pregando o discurso de ódio. Destruindo o baluarte da nação brasileira - que sempre se apresentou como uma nação pacífica. Isso sim, doeu. E doeu muito!
E ainda dói um pouco.




Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte
E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer no ano passado
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte
E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer no ano passado
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte
E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer no ano passado
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro

Sujeito de Sorte

Belchior

Fonte: https://www.letras.mus.br/belchior/344922/ - Acessado em 21/05/2020.

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