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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Eleição presidencial 2018, "atirar" pra que lado?

          Moro numa cidade do interior do meu querido Estado do Paraná, trabalhei recentemente numa instituição educacional da minha municipalidade. Na qual, já adianto (de antemão) que era extremamente proibido qualquer tipo de manifestação em apologia às drogas, ao funk oriundo dos bailes cariocas ou paulista (que denigre a imagem da mulher), assim como manifestações homofóbicas, preconceituosas ou racistas, bem como qualquer tipo de incitação à violência.
          Posto isso, aproveitando a data de hoje (15/10), dia do professor, gostaria de dividir com meus poucos e queridos leitores, minhas reflexões sobre a questão política que vivenciamos neste momento.
          Pressupondo-se que (obviamente) patrocinado pela indústria bélica, um candidato a Presidência da República Federativa do Brasil, tornou-se aparentemente (como mostram as "pesquisas"), o preferido de grande parte da população brasileira. Prometendo facilitar o porte de arma ao "cidadão de bem" como o próprio profere.
          Chegando ao cúmulo de postar-se com uma criança no colo ensinando a mesma a fazer o sinal de arma com a mão, segue imagem abaixo:
Fonte da imagem (recomendo a leitura):

          Pois bem, como educador, se fosse eu, este humilde blogueiro, a postar uma imagem com a acima, ensinando uma criança a fazer sinal de "arminha com sua mãozinha", MUITO PROVAVELMENTE eu teria que:
  1. Desculpar-me com a família da criança, por tão impensado ato, até por desencargo de consciência;
  2. Explicar-me à coordenação da instituição pelo infringimento das normas do local;
  3. Pedir as escusas à equipe de colegas por expô-los ao ridículo, pois geralmente a sociedade generaliza essas situações;
  4. Dar explicações à chefe de divisão que responde pelo setor;
  5. Também explicar-me à chefia da Pasta (Secretaria Municipal a qual pertencia);
  6. Muito provavelmente seria aberto inquérito administrativo contra minha pessoa, pelos responsáveis pela questão junto ao DRH (Departamento de Recursos Humanos) da minha Prefeitura;
  7. Responder ao CMDA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), da municipalidade;
  8. Responder a SEDS (Secretaria da Família e Desenvolvimento Social), órgão regente a nível de Estado (do Paraná) da instituição à qual eu pertencera;
  9. Justificar-me perante o Ministério Público local (quando não em instâncias superiores);
  10. Responder à Vara da Infância e da Juventude local (quando não em instâncias superiores).

          E eu passaria por um transtorno psicológico altamente humilhante e, me sentiria culpado sem coragem de encarar a comunidade "de cabeça erguida". Eu (creio que) reconheceria meu erro e aceitaria meu calvário.

          Mas, o (nada) ilustre candidato, que além do fato acima, em seus discursos incita não só a violência, mas o preconceito racial (contra afros e indígenas), a homofobia (contra a comunidade LGBT) e o ódio social contra minorias marginalizadas, continua normalmente sua "CAMPANHA" e, pasmem meus queridos leitores - aparentemente conseguindo mais seguidores/adoradores.

          Por fim, gostaria de deixar claro que no primeiro turno desta eleição presidencial 2018, eu votei no candidato Ciro Gomes (do PDT). Mas, neste segundo turno, como educador e cidadão preocupado com os rumos da sociedade brasileira, não me resta outra opção senão Haddad (do PT).

          E aos que não concordarem comigo, só desejo saúde, paz e bem.


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