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sexta-feira, 25 de abril de 2014

"Fazenda" Patetada em Monte Alegre

Enquanto isso na "Fazenda Monte Alegre":

Essa é uma "estória" (quase fictícia):

     A vovó Mafalda, uma senhora de idade já bastante avançada, devido aos problemas de saúde e, principalmente em razão do diabetes, tem mobilidade reduzida (consequência de um avc), e por último começa a ter problemas com a visão...



     E podendo-se levar em conta, as desfavoráveis condições financeiras, pelas quais a pobre vovozinha passava, permite-se compreender seu desespero. Este último, talvez o maior motivador, a real mola propulsora, a impulsionar nossa heroína em direção às ciladas do destino; para não dizer dos aproveitadores...

     Reza a lenda, que um famoso deputado estadual da época, "arrumava" um jeitinho (possivelmente à brasileira), de encaixar seus "clientes" em listas de cirurgias - diziam as más línguas que o tal deputado tinha todo um "esquema" armado...

     Esse era o vilão da nossa "estória", o tal deputado, por vezes (e não raras), fazia o verdadeiro papel de lobo em pele de cordeiro; um verdadeiro Lobo Mal.
Dizem ainda que, por desconhecimento da realidade dos fatos, muitos caíam nas suas armadilhas... Mas, mesmo sem comprovação dos fatos, boatos davam conta de que o mesmo, o dito cujo do "lobo mal", mantinha contato com alguns vereadores em diversas cidades do interior de seu Estado. Pois eram esses, quem articulava o esquema, quem mantinha contato com o eleitorado (digamos assim)...
     Pode-se, subentender, que possivelmente se tratasse de um esquema para "furar fila", mas, numa fila que pode nos conduzir a morte, ou à cegueira, como no caso de nossa heroína, quem não volta ao seu estado primitivo na luta por sobreviver?

     E foi assim, que nossa (não de espírito), mas, pobre vovozinha, entrou na jogada...
     Jogada ela foi, dentro de uma ambulância, em cima de uma maca, em condições precárias - diga-se de passagem - e partiu em viagem, 250 Km rumo à capital.
Chegando lá, sua acompanhante descobre que não havia nenhuma cirurgia sequer agendada em seu nome (em nome da vovozinha). Foi uma grande presepada, uma triste "patetiada"...
     De volta à sua verdadeiramente humilde residência, a vovozinha, toda prosa como ela ainda o é, começa espalhar, contar a estória para a circunvizinhança, àqueles que vez em quando a visitam.
E pior, descobre então, que ela não foi a primeira, e que possivelmente não venha a ser a última...

     "Mais de meio século depois", pergunta-se:
Esse tipo de incidente, ainda acontece, em pleno séc. XXI?
Ainda se subjulga seres humanos menos favorecidos?
Você, que me prestigia com sua leitura neste momento, você acha que esse tipo de episódio aconteceria na "Monte Alegre" de hoje? 
Se é que isso ainda acontece, eu me pergunto, com toda tecnologia disponível, e ferramentas para processar dados online em tempo real, até quando isso vai se repetir?


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