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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Educação "na rede" . . . (?)


Em junho do ano passado, a mídia noticiou com grande destaque o caso da estudante Jannah Nebbeling, 15 anos, do Rio de Janeiro. Na época, ela disse ter sido coagida pela direção da escola por ter criado uma comunidade no Facebook para debater assuntos escolares e divulgar as respostas dos deveres de casa que valiam pontos. A página era acessada por cerca de 700 alunos. Para a estudante, uma ação normal. Para a escola, uma cola virtual.
O caso foi parar na polícia. A mãe da aluna processou a escola pela forma como a instituição conduziu o problema: suspendeu a aluna por cinco dias.

A revistapontocom conversou com especialistas nas áreas de tecnologia e educação para contribuir com o debate. Afinal, como é possível estabelecer uma interface criativa e construtiva entre a escola e, hoje, as redes sociais? Que pontos positivos é possível tirar deste caso?
Andrea Ramal, que é especialista em novas tecnologias, diz que a internet não é um material didático pronto. É preciso que o uso de qualquer recurso, inclusive das redes sociais, com finalidades educacionais, seja fundamentado por um projeto pedagógico consistente.











Para Andrea, o limite começa a existir quando as redes sociais, em vez de servirem para o desenvolvimento das pessoas e o crescimento dos estudantes, por meio do compartilhamento de conhecimentos, começam a serem usadas com finalidades que ferem a ética. Para a especialista, cabe aos educadores – na escola e na família – orientarem os estudantes neste sentido. As redes sociais potencializam as atividades que se realizam em grupo, pois por meio delas os alunos podem se relacionar com outras pessoas. Pode haver produção coletiva de conhecimento, numa espécie de rede cooperativa de aprendizagem. Acredito que as redes sociais vão ajudar a fazer da sala de aula um ambiente mais interativo e dialógico, pois o modelo unidirecional da comunicação, no qual o professor fala e o aluno ouve, será substituído pelo modelo das redes em que todos os sujeitos têm vez e voz”.

Então as escolas que usam as redes sociais no ensino estão a um passo à frente das que não usam? Para Andrea, estas escolas provavelmente estão educando os alunos para conviver com naturalidade e consciência no mundo digital. “Escolas que ainda não usam precisam ficar atentas: podem estar educando os alunos ainda na lógica do papel e da caneta, da comunicação bidirecional, dos conhecimentos lineares. Mas as que usam também devem abrir os olhos: o uso de redes sociais na educação depende, sim, de um planejamento pedagógico consistente”, pondera Andrea Ramal.

Pois bem, como responsável por este blog e devido ao fato de que também sou estudante, relato aqui minha própria experiência. Na minha sala de aula, quase metade da turma utiliza notebook, e como minha posição em sala permite (sento-me mais ao fundo da mesma), vejo que mais da metade dos aparelhos, geralmente se encontram conectados em algo que não tem nada a ver com a matéria em questão, e olha que como se trata de um curso superior, todos são adultos e maiores – logo, deveriam ser mais responsáveis.
Aí eu pergunto:
_Se os próprios adultos não se comportam da maneira considerada mais conveniente, como serão orientados os filhos destes?
Em contrapartida, hoje (27/08) de manhã, na TV Paraná Educativa, mostrou-se o caso de uma escola paranaense, onde professores e alunos interagem, de maneira sadia, através da rede social Facebook. Os professores postam os artigos didáticos, os alunos podem acessar e deixar os devidos comentários. Com a autorização dos responsáveis, são postados também alguns trabalhos dos alunos.
E neste caso, todos os entrevistados, professores e alunos, mostraram-se bastante animados com a situação. Dessa maneira, concluir-se-á que, sendo feita de maneira ética, moral e didaticamente coerente, pode-se perfeitamente usar as redes sociais a favor da educação.
_Talvez nosso sistema de ensino ainda não esteja preparado, para usar computadores em sala de aula com acesso às redes sociais, mas fora dela, os alunos acessariam, como atividade extra-classe, e trariam as dúvidas para se tirar em sala de aula. (?) – A conclusão final é sua querido leitor...

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