A REPÚBLICA DE PLATÃO – o resumo
Platão é ' um dos grandes filósofos da Grécia Antiga, e o mais brilhante discípulo de Sócrates. E é justamente entre os seus trabalhos que encontramos (os) diálogos socráticos... que buscam reproduzir as conversas que Sócrates tinha com outros cidadãos gregos, e por meio das quais exprimia suas ideias filosóficas. Como Sócrates não deixou nenhum trabalho escrito, ' esses diálogos são praticamente os únicos elementos que temos para analisar o famoso método socrático ' e saber um pouco mais sobre seu raciocínio.
... a obra de maior destaque de Platão é A República ' escrita por volta de 380 a.C., e ' rica em termos filosóficos, políticos e sociais. Em questão, ' a busca de uma fórmula que garanta uma harmoniosa administração à uma cidade, mantendo-a livre da anarquia, dos interesses e disputas particulares e do caos completo...
É assim que temos o início de um diálogo entre o sofista Trasímaco, que entende que a força é um direito, e que a justiça é garantida somente àquele que é o mais forte, determinam assim o injusto como aquele que transgredir suas regras.
Sofistas foram um tipo
especifico de professor na Grécia Antiga e no Império Romano, que deveriam
ensinar a arete, termo grego que
traduz o conceito de "excelência" ou "virtude", aplicado a
áreas como música, política, matemática e atletismo (...) O termo "sofista" tem sua origem no
idioma grego, a partir da palavra "sophistēs", derivada de "sophia" e "sophos", significando "sabedoria" e
"sábio" respectivamente. O termo Sophistēs foi originalmente utilizado por Homero para descrever alguém habilidoso em uma determinada
atividade. Com o tempo a palavra passou a designar a sabedoria nos assuntos
tipicamente humanos, em oposição aos assuntos da natureza, até chegar a
designar um tipo especifico de profissional, o sofista.
Nos livros
I e II o texto se concentra numa tentativa de definição do que seria realmente
a aplicação da justiça perante a comunidade. Sócrates começa a dialogar com
Gláucon e Adimanto, definindo o ato de governar como estar a serviço dos
governados, que a justiça é superior à injustiça e é preferível sofrer a
injustiça do que praticá-la. Onde houver justiça, aí está a felicidade.
Nos livros
II a V os diálogos evoluem para a definição dos princípios da justiça, ou seja,
o que constitui a verdadeira justiça administrada à população. O primeiro
princípio da justiça seria a solidariedade social, forma pela qual a pessoa
contribui para o bem estar coletivo. O segundo é o desprendimento, dever
consciente de pessoas realmente dispostas a prover o bem comum. Deste princípio
surgiria a necessidade de uma classe social distinta das atividades econômicas,
a dos guardiões, reis-filósofos que sustentariam a felicidade do Estado. A
sociedade então, ficaria dividida em três classes: os chefes dos
guardiões, os próprios guardiões, ou militares, e os produtores e artesãos. A
classe dos guardiões seria constituída por homens e mulheres, em iguais
condições, mantidos pelo estado, sem direito à riqueza, não poderiam constituir
família.
Os livros
VI e VII tratam da necessidade da justiça em si. Aqui é apresentado a famosa Alegoria da Caverna, procurando mostrar
que a verdade pode ser atingida por meio do conhecimento.
De acordo com a apresentação de Platão,
Sócrates teria respondido aos questionamentos de Glauco, quanto a influência da
educação na natureza humana, descrevendo um aglomerado de pessoas que tem
vivido acorrentadas desde a infância, encarando uma parede vazia, incapazes de
ver uns aos outros ou a si mesmos. Estas pessoas assistem sombras projetadas na
parede vazia, sombras de coisas passando em frente ao fogo atrás delas, e
começam a dar nomes a estas sombras. Entre as pessoas e o fogo há uma pequena
parede, que impede que os acorrentados vejam aqueles que passam em frente ao
fogo, carregando objetos, mas vejam apenas os objetos se movendo, como em um
teatro de fantoches. Ainda, os sons vindos de fora ecoam pelas paredes da
caverna, fazendo com que os acorrentados pensem tratarem-se de sons produzidos
pelos objetos que parecem mover-se sozinhos.
A seguir,
nos livros VIII e IX, o tema é a decadência da cidade, decorrente da
concentração do poder nas oligarquias e
o surgimento da tirania.
Finalmente,
o livro X faz uma crítica à poesia como meio educativo. Sócrates dá a entender
que a poesia deva ser substituída pela filosofia, como meio educativo, pois
somente esta pode diferenciar a realidade de fato. O restante do livro traz uma
exortação à prática da justiça e demais virtudes.
Referências
(site “infoescola”):
https://www.infoescola.com/literatura/a-republica-platao/
https://www.infoescola.com/filosofia/sofistas/
https://www.infoescola.com/filosofia/alegoria-da-caverna/
Li o livro “A
República de Platão” salvo ledo engano em 2010. Emprestado da Biblioteca
Pública Municipal de minha cidade. Penso que deveria ser leitura obrigatória
principalmente para estudantes secundaristas – super recomendo àqueles que
tiverem a curiosidade.
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