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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Reflexões a respeito do Dia da Consciência Negra

Nos últimos dias vi várias manifestações sobre
O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
resolvi sintetizá-las
como segue:
Terça passada (18/11), um professor de determinado curso o qual estou fazendo, já que era praticamente véspera do dia da consciência negra fez (“mais ou menos”) o seguinte comentário em sala de aula:
Eu, que sou de pele e olhos claros, recentemente fiz uma pesquisa sobre minha árvore genealógica. Busquei por tentar localizar meus antepassados. E consegui localizar parte deles, junto ao norte da Itália. Agora, vá um “negro”, um afrodescendente, que teve seus antepassados trazidos para o Brasil para serem escravizados, tentar fazer isso. (?)
_Só pra se ter uma ideia da tragédia provocada pela raça branca contra a raça negra; e do tamanho da dívida que se tem com a mesma – em termos de Brasil.
Vamos falar de futebol, na Europa (predominantemente branca, na parte Ocidental), é bastante comum o noticiário esportivo apresentar atos preconceituosos cometidos pelas torcidas. Todos os anos ocorrem manifestações racistas durante os campeonatos europeus.
No Brasil a coisa não é muito diferente, vimos recentemente o caso do goleiro Aranha – do Santos Futebol Clube – ocorrido em Porto Alegre/RS. Mais informações: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2014/11/alfabetizado-pelo-rap-calejado-pela-vida-como-aranha-reagiu-ao-racismo.html
_Se olhar os comentários na postagem acima linkada, é impressionante como as pessoas não se importam em tecer críticas ao goleiro ao invés do tipo de comportamento da torcida. E vamos esquecer a “pobre torcedora”, que foi pega como bode expiatório na história (não estou dizendo que a mesma seja inocente).
Um tema bastante atual é a liberação ou não da maconha... E o que isso tem haver com a “consciência negra”? Bem, alguns detalhes... E recomendo a seguinte leitura: http://culturaverde.org/2014/11/20/dia-da-consciencia-negra-entenda-o-historico-racista-na-proibicao-da-maconha-no-brasil/
Quanto à violência, as cadeias públicas brasileiras estão lotadas de pessoas, na sua grande maioria de pele escura, e na minha pequena cidade do interior do Paraná, não é muito diferente; senão vejamos: http://amartb.blogspot.com.br/2014/03/texas-borba-faroeste-dos-campos-gerais.html
Em suma, precisamos todos (enquanto sociedade) tomar consciência, a sã consciência.
Por hora, assistamos abaixo “Uma aula de inclusão racial com um menino de 10 anos”:
Fonte: www.pragmatismopolitico.com.br
(acessado em 19/11/2014)

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